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Fiat Uno 'raiz' tira onda em alagamento; veja riscos de fazer essa manobra

José Antonio Leme

do UOL, em São Paulo (SP)

16/01/2022 04h00

Que o Fiat Uno é um retrato da coragem e força do brasileiro isso ninguém discute, mas o carro continua surpreendendo Brasil afora, como no caso desse vídeo.

A publicação que foi no início da semana, mostra o valente compacto, ainda da primeira geração, atravessando um alagamento que botaria medo em muito dono de SUV.

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O motorista e o carro entram no alagado ao som dos gritos de outras pessoas que estavam em volta falando que aquilo não seria uma boa ideia, que "o carro vai parar" e que "vai fundir o motor".

Contrariando as estatísticas e dando mais força a fama do Uno, o carro atravessa o alagado que parece ser uma ponte sobre um rio enquanto a água chega a cobrir as rodas do carro.

Fiat Uno atravessando alagamento - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Como atravessar um alagamento?

Antes de pensar em atravessar um alagado como fez o dono do valente Fiat Uno é preciso tomar alguns cuidados.

Um dos cuidados necessários é primeiro conhecer o terreno. Nesse caso, dentro da cidade, o risco é que um pedaço da ponte tivesse caído ou surgido um buraco grande que estava coberto pela água.

Para atravessar alagados, tanto na cidade ou no fora de estrada, a dica de especialistas é primeiro descer do carro e tentar encontrar algo para medir a profundidade da área se for possível, tomando o cuidado com a correnteza.

Velocidade baixa e constante é outra dica que vale para qualquer situação de atravessar alagamento ou um rio, por exemplo. Especialmente para carros que não são feitos para o off-road, como é o caso do Uno do vídeo, a velocidade baixa é primordial.

Tentar entrar rápido no alagado cria "ondas" que atravessam a altura do capô, podendo jogar água diretamente na entrada de ar do motor, o que vai fazer com que ele apague, deixando você ilhado.

A velocidade baixa evita esse tipo de situação. A constância deve ser mantida com uso de marchas baixas, como a primeira ou no máximo a segunda, que fornecem mais força, e sem elevar o giro do motor porque você não deve trocar de marcha nesse momento.

Para carros automáticos, o indicado é colocar no modo manual para sustentar a aceleração constante a baixa velocidade, evitando assim que o carro faça as trocas de marcha sozinho.

Quais os riscos de danos?

Um dos gritos que se ouve no fundo do vídeo é que "vai fundir o motor" e isso é um risco presente, mas tem outro nome: calço hidráulico.

Se a água entrar no motor, ela é aspirada para dentro dos cilindros, mas a pressão extra, onde deveria ocorrer apenas a combustão leva a possível quebra de pistões, bielas e bronzinas.

Caso ocorra o calço hidráulico é preciso sim fazer a retifica do motor, abrindo o propulsor, trocando as peças danificadas, juntas de cabeçote, entre outros.

Outro risco que há ao dar errado uma travessia como essa é de danificar componentes eletrônicos do carro, como a central eletrônica.

Há ainda a possibilidade do carro ser tomado pela água, levando a perda total ou uma limpeza profunda que exige desmontar todo o interior do veículo, incluindo o carpete e teto, dependendo do nível que a água atingiu.

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