Taca-le pau nesse Golzinho? Marco Véio já tem carro e CNH 8 anos após meme
Em 2014, quando tinha 11 anos de idade, Marcos Joaquim Martinelli ficou nacionalmente conhecido como "Marco Véio", graças ao vídeo em que aparece guiando um carrinho de madeira perto da casa da avó, em Taió - município do interior catarinense com pouco mais de 18 mil habitantes.
O vídeo viralizou e foi um dos mais assistidos e comentados daquele ano. Responsável por registrar a cena com um tablet, seu primo Leandro Beninca, então com nove anos, fez a hoje famosa narração: "Lá vem o Marcos, descendo o morro da Vó Salvelina. Taca-le pau nesse carrinho, Marcos. Taca-le pau, Marcos. Taca-le pau, taca-le pau, taca-le pau, Marco Véio!"
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Oito anos depois, os primos já não têm a notoriedade que os levou a dar entrevistas para sites, jornais e emissoras de TV. Com emprego fixo, levam uma vida "normal", segundo eles próprios afirmam, e hoje seu foco são carros de verdade.
Prestes a completar 20 anos no mês que vem, Marcos comprou no ano passado o seu primeiro automóvel: um Volkswagen Gol 1.0 2014, que utiliza em passeios e também para ir ao trabalho - ele é programador em Gaspar (SC), cidade do Vale do Itajaí com cerca de 72 mil moradores, onde mora com os pais.
"Fiquei muito feliz quando consegui comprar o Gol. Na época do carrinho, a gente nem imaginava que como seria ter um automóvel de verdade", conta "Marco Véio" - apelido com o qual ele batizou o respectivo perfil no Instagram e que ainda atrai curiosos na rede social, interessados em saber se ele é mesmo o neto da vó Salvelina.
Questionado, ele afirma que não "taca pau" com seu Volkswagen, que diz conduzir "sempre com cuidado". Marcos revela que o carrinho de brinquedo ainda existe e está guardado no sítio da avó - que, inclusive, tornou-se ponto turístico em Taió, com direito a uma placa que identifica o "Morro da Vó Salvelina" - instalada pouco tempo após o meme viralizar.
Foi Martinelli quem publicou no YouTube o vídeo original do "Taca-le pau", em janeiro de 2014. O registro, feito com a intenção de compartilhar com alguns amigos, hoje acumula mais de 8 milhões de visualizações.
Longe dos holofotes, Marcos conta que, além do trabalho, faz curso técnico na área de programação e planeja fazer o curso universitário de análise de sistemas.
'Já paguei a CNH'
UOL Carros também conversou com Leandro Beninca, o "pai" do bordão famoso. Aos 17 anos, ele trabalha como auxiliar de eletricista em Rio do Campo, cidadezinha com cerca de 6.000 moradores do interior de Santa Catarina, onde reside com os pais.
Da mesma forma que o primo, ele gosta de carros e já pagou antecipadamente a taxa para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) - contudo, o jovem somente poderá frequentar autoescola a partir de outubro, quando irá completar 18 anos.
Além da carteira de motorista, os planos incluem a aquisição do primeiro carro.
"Penso em comprar um Fiat Uno ou outro carrinho mais simples, penso em um modelo para quem está começando [a dirigir], com mecânica simples", revela, mantendo o sotaque que carrega a letra "R" típico da região onde vive, com colonização italiana e alemã - e que conquistou os internautas anos atrás.
Leandro hoje concilia o trabalho com o terceiro ano do Ensino Médio e diz que ainda não sabe qual profissão vai seguir, mas não pretende fazer faculdade.
Quanto aos tempos de fama, o adolescente diz não sentir falta dessa época.
"A procura pela imprensa já diminuiu bastante. As recordações de quando ficamos famosos são muito boas, mas neste momento não quero mais isso. Quero trabalhar e seguir a minha vida".
Mãe de Leandro, Jiovana Lenzi Beninca diz que o filho lida bem com o fim da fama.
"Ele sempre foi assim, mais reservado. No começo, não queria dar entrevista nem participar de programas na TV, até por ter apenas nove anos, mas acabou se soltando um pouco mais. Ao mesmo tempo, sabíamos que essa fama um dia iria acabar, mas sempre mantivemos os pés no chão".
Jiovana acrescenta que o filho ainda tem algum dinheiro guardado dos tempos de notoriedade - em 2014, Leandro participou de um comercial na TV Globo, adaptando a narração original para divulgar o GP do Brasil de Fórmula 1. Também apareceu em shows de um grupo que lançou música inspirada no meme.
"Tem ainda um pouco de dinheiro, mas não é suficiente para comprar um carro".
Vó Salvelina ainda curte a fama
Já a aposentada Salvelina Lorenzetti Lenzi, hoje com 68 anos, ainda lida com o interesse gerado pela repercussão do vídeo.
Ela diz que recebe regularmente a visita de turistas, ainda que sem a mesma frequência de anos atrás.
Volta e meia, dá uma pausa nas atividades do dia a dia para receber visitantes, muitos dos quais pedem para tirar fotos com ela e também com o famoso carrinho do Morro da Vó Salvelina.
"Ainda recebo muitos turistas. Gosto disso, só vêm pessoas do bem aqui", diz a aposentada, que todos os anos também recebe a visita de Marcos e Leandro, além dos outros netos.
Ela é só elogios para os rapazes que se tornaram meme.
"Eu os amo muito. São dois seres humanos muito educados e me respeitam".
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