Start-stop: sistema que liga e desliga motor do carro traz mesmo economia?
Cada vez mais os veículos novos precisam se enquadrar em limites de emissões/consumo para atender às legislações. Na hora de formular um carro, toda solução para economizar combustível é bem-vinda, e uma delas é desligar o motor quando ele não for necessário, ou seja, em pequenas paradas do trânsito como no semáforo.
Em poucos anos, o Start-Stop deixou de ser uma ferramenta de carros de luxo e se popularizou entre os modelos de entrada, disponível em quase todas as opções ofertadas. Mas nem tudo são flores: por dar partida no motor várias vezes ao dia, veículos com esse equipamento precisam de uma bateria mais sofisticada, que pode variar de R$ 760 a R$ 1.800, dependendo do sistema. Enquanto isso, uma bateria comum sai por em torno de R$ 400.
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Colocando tudo isso na balança, o item é interessante para quem compra o carro, ou apenas para quem vende se encaixar nos parâmetros da lei? A resposta é: depende.
O diretor de segurança veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), João Irineu Medeiros, explica que é importante avaliar cenários.
"Em cidades grandes, que acumulam maiores frotas do Brasil, há sempre o trânsito mais carregado. Por isso, o sistema desligará o motor muito mais vezes. Em cada uma dessas oportunidades vai haver uma economia de combustível, chegando à ordem de 10% no fim do trajeto. Quanto mais se roda, maior a economia", explica.
Considerando uma pessoa que roda 30 quilômetros por dia em um veículo que percorre uma média de dez quilômetros com um litro de gasolina, o custo mensal com combustível - tendo como base o preço médio nacional aferido pela Agência Nacional do Petróleo, de R$ 6,58 - seria de R$ 592,20. Nesse cenário, somando todos os meses, seriam economizados R$ 59,22, chegando a R$ 710,64 por ano, compensando o valor da bateria que dura, pelo menos, dois anos.
Por outro lado, em cidades menores e sem trânsito, segundo Medeiros, essa economia pode ser reduzida para 6%.
"Já para quem faz percursos rodoviários longos e sem muitas paradas, pode ser mais negócio não utilizar o equipamento, já que a economia de combustível não compensaria o custo da bateria especial. É preciso fazer as contas e lembrar, também, que estamos falando na redução de emissões de gases poluentes na atmosfera que, por si só, já é uma enorme vantagem. O Start-Stop é considerado o primeiro estágio de eletrificação veicular, seguido pelos híbridos leves, híbridos e, então, os elétricos", disse.
Por que a bateria tem que ser especial?
A marca de baterias Moura explica que, nos modelos com Start-Stop, sequências de pequenas descargas são demandadas constantemente e, por isso, há necessidade de uma bateria especial.
"A bateria para aplicação Start-Stop é feita para suportar uma quantidade maior de partidas do motor do automóvel. Essas baterias têm um ciclo de vida três vezes maior do que a convencional nos testes elétricos das maiores montadoras. E o consumo para cada partida é pequeno se comparado com o de um motor normal", explica.
Existem dois tipos de baterias destinadas a esses sistemas. A EFB é uma bateria convencional melhorada, são as mais indicadas para os veículos com sistema simples de Start Stop. Já as AGM são mais caras, destinadas para automóveis de alta performance que exigem mais da peça.
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