Catalisadores valem ouro: como guerra pode fazer disparar furtos em carros
A segunda semana de invasão russa na Ucrânia está trazendo efeitos dos mais diversos em mercados mundo afora. Matérias-primas exportadas pela Rússia têm tido impacto em seu preço, e em especial paládio. Este metal raro é crucial para catalisadores em escapamentos automotivos.
Nesta semana, o metal chegou a US$ 3.400 por sua unidade - o maior preço já alcançado pela matéria-prima em toda a história. A Rússia é o maior fornecedor global do paládio, com 100 toneladas exportadas em 2021.
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Os depósitos de paládio são localizados acima do Círculo Polar Ártico na Rússia, e são controlados pela empresa MMC Norilsk Nickel. Eles representam cerca de 40% do suprimento mundial de paládio e são os maiores depósitos conhecidos no planeta.
Nenhuma sanção de outros países foi imposta exclusivamente à empresa, mas as restrições aos voos para fora da Rússia limitaram bastante o transporte e causaram grandes interrupções no fornecimento.
Pelo alto valor do metal, ele já era alvo de roubos em catalisadores de carros em grandes cidades antes da questão militar entre Rússia e Ucrânia. Com a provável escalada de seus preços, se teme que este tipo de roubo poderá aumentar.
O presidente russo, Vladimir Putin, ainda estuda proibir exportações de certos materiais da Rússia. Uma lista poderá ser divulgada em breve, e se o paládio estiver presente, a questão poderia ainda piorar.
Vale lembrar que catalisadores têm sido alvo preferido de ladrões de carros nos últimos meses em todo o mundo. A peça é composta por uma colmeia cerâmica na qual está uma camada de metais nobres, como paládio, platina ou ródio, que é um subproduto dos primeiros. São eles que fazem uma reação química acontecer antes de liberar os gases na atmosfera. Quando roubado, o catalisador é vendido no mercado ilegal de venda de metais.
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