Crash test: 5 carros que receberam notas diferentes no Brasil e na Europa
Crash tests, ou testes de impacto, se tornaram quase que um padrão para as marcas venderem um carro no aspecto de marketing ou até para quem procura um veículo na hora da compra.
Entre confusões e problemas, as análises realizadas pelo NCAP, organização não governamental que realiza testes de carros com diferentes "filiais" ao redor do mundo, às vezes acaba mostrando como os automóveis são diferentes em cada mercado.
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Separamos cinco casos que mostram a diferença entre testes dos mesmos carros na Europa, com o Euro NCAP, e na América Latina, com o Latin NCAP.
Como funcionam os testes?
É bom reforçar, antes de tudo, que todos os carros vendidos nos respectivos mercados precisam atender a regras estabelecidas pelo governo para segurança e passar por testes de colisão com série de parâmetros.
O que acontece é que o NCAP usa como parâmetro os testes mais rígidos possíveis e buscando todos os elementos que possam ajudar a mitigar ou evitar acidentes, como a frenagem autônoma de emergência.
No caso do Brasil, por exemplo, as regras de segurança estabelecidas pelo próprio governo são menos rígidas do que as exigidas dos testes do Latin NCAP. Por isso um carro pode até ser considerado inseguro pelo órgão, mas estará apto a ser vendido, já que atendem as exigências do governo federal.
Como as regras são diferentes entre países ou continentes, muitas vezes um carro produzido aqui não atende no mesmo nível da sua versão europeia ou americana.
Isso porque um carro lá fora pode vir mais completo em termos de segurança, desde barras de proteção lateral nas portas até mais airbags de série.
Além disso, alguns carros foram avaliados mais de uma vez no Brasil, obtendo resultados piores na segunda vez pelo Latin NCAP - já que atualmente os níveis de testes e exigências estão mais próximos aos do Euro NCAP.
Veja abaixo cinco casos em que os carros tinham diferença de resultado:
Renault Duster
SUV mais antigo à venda no Brasil, o Duster foi avaliado com três estrelas no Euro NCAP quando saiu. Aqui no Brasil, o carro foi avaliado quatro estrelas para adultos e três para crianças.
Quando o teste foi refeito e equiparado aos padrões europeus, o carro zerou na marcação por falta de segurança, abertura da porta, vazamento de combustível na colisão, entre outros itens.
Ford Ka
Pouco mais de um ano fora de linha, o compacto da Ford que chegou a ser global nesta segunda geração foi avaliado enquanto era vendido na Europa e avaliado com três estrelas.
Aqui, no último teste ele zerou em estrelas no Latin NCAP particularmente por falta de proteção, já que era oferecido com dois airbags de série - na Europa contava com seis.
Antes de o Ka sair de linha, com o fim das fábricas por aqui, a Ford chegou a dizer que estava para instalar controles de tração e estabilidade no compacto desde as versões de entrada.
Peugeot 208
A atual geração do hatch compacto da Peugeot foi avaliada no Velho Continente em 2019 com quatro estrelas. Entre os itens que contaram para a boa avaliação estavam quatro airbags, frenagem autônoma com detector de pedestres e leitor de faixa.
No Brasil, ele foi avaliado com apenas duas estrelas, mesmo com quatro airbags. O teste no fim do ano passado teve nota baixa devido à falta de itens como frenagem autônoma e leitor de faixa. Assim, o carro não teve uma avaliação tão boa.
Renault Sandero
Antes de sua nova geração que já circula pela Europa, o Sandero teve seu modelo equivalente ao vendido no Brasil avaliado com quatro estrelas pelo Euro NCAP. O carro não tinha muitos itens de segurança, mas oferecia o básico de quatro airbags e controles de tração e estabilidade.
A versão brasileira ficou com uma estrela no teste e foi reavaliada no mesmo mês em nova configuração, como a do Sandero colombiano, que tinha melhores bolsas de airbags laterais e bancos dianteiros mais reforçados para os impactos laterais - o que na época elevou para três estrelas a proteção de adultos.
Hyundai Tucson
Avaliado no Latin NCAP em dezembro do ano passado, o SUV médio da marca sul-coreana zerou em estrelas. A unidade utilizada no teste é importada da Coreia do Sul para nossos vizinhos sul-americanos, mas essencialmente é a mesma oferecida no Brasil - a diferença é que apresentava apenas dois airbags, enquanto aqui temos seis.
Na Europa, o carro foi avaliado com cinco estrelas, com nível de segurança alto para adultos e crianças. O fato de ter seis airbags, encosto de cabeça ativo e como opcionais frenagem autônoma de emergência contabilizou a favor do SUV.
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