Nunca lançada pela GM, perua do Camaro existe e vira celebridade no Brasil
Para além da satisfação pessoal do marceneiro Paulo Cunha da Silva, 47 anos, o Camaro amarelo artesanal que ele construiu em casa, no Recife (PE), está alcançando status de celebridade.
Silva transformou sua Chevrolet Ipanema 1992 no famoso cupê esportivo com uma carenagem de madeira e já chamava a atenção nas ruas da capital pernambucana. No entanto, após aparecer em reportagem de UOL Carros em meados do ano passado, a perua do Camaro virou personagem disputado pela imprensa local e frequentemente é reconhecida por onde passa.
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Feito de forma independente, sem o aval da General Motors, o veículo ocupa lugar cativo no emocional do marceneiro, que usou sua experiência na produção de móveis planejados para materializar o sonho de ter um Camaro amarelo - modelo que nunca teve uma versão perua lançada oficialmente pela Chevrolet.
Toda a repercussão em volta de sua perua tem rendido alguns patrocínios e, principalmente, felicidade a Silva, que fica todo orgulhoso cada vez que um veículo de comunicação entra em contato para uma entrevista.
"Já foram três reportagens de TV que vieram registrar o Camaro. Depois da matéria do UOL, digo isso para todo mundo, a gente ganhou muita visibilidade. Os repórteres vêm gravar com a gente com uma alegria. Está todo mundo querendo ver o Camaro de perto", contou o marceneiro.
Perfil no Instagram
O automóvel tem perfil no Instagram, onde seu criador compartilha o dia a dia do possante e toda a tietagem dos fãs. Entrevista após entrevista, tudo fica registrado e ganha posts para seus seguidores. Repórteres também registram o veículo nas respectivas redes sociais.
O marceneiro conta que recebeu alguns presentes de lojas de acessórios automotivos, que ajudaram a na manutenção do veículo.Arcar com todos os cuidados que o automóvel exige não é tarefa barata, ainda mais que, durante a pandemia - quando a clientela de Paulo, que ajuda financeiramente os cinco netos, teve uma queda expressiva.
Sonho de andar no Camaro de verdade
"Às vezes, falta recurso para cuidar do Camaro, mas a gente vai se virando como dá. Ganhei equipamentos como buzina, faróis, lanternas, emblemas da Chevrolet e até som automotivo. Mas meu maior presente foi andar em um Camaro de verdade", disse.
O "duelo de titãs", envolvendo Camaro amarelo versus Camaro amarelo artesanal, foi promovido por um programa de entretenimento de uma emissora de TV do Recife. Durante o encontro, os veículos desfilaram juntos e proprietário do Camaro original convidou Paulo para dirigir o esportivo.
"Nossa Senhora. Bom demais. O bicho parece um avião por dentro, uma nave... É lindo demais. O rapaz foi super legal. Dei uma volta no bichão. Ele é afoito. É um carrão mesmo. Eu sempre digo: Camaro é para quem pode. Quem não pode, pinta de amarelo", brincou.
"Olha, é muita felicidade que o meu Camaro está me dando. Depois da gravação com a primeira TV, o repórter chegou para mim e disse que a ordem para fazer a matéria veio de São Paulo. Ele disse: 'O pessoal da rede ligou para o nosso diretor e perguntou o porquê de a gente já não ter gravado com o rapaz do Camaro artesanato que saiu no UOL'. Só tenho a agradecer pelas oportunidades", acrescentou.
Toda essa exposição rendeu a Paulo Cunha encontros com vários Camaros originais. Os proprietários entram em contato com o marceneiro e convidam para colocar os carros juntos. Paulo faz questão de participar dos encontros e trocar experiências com os condutores, que embora saibam que o veículo dele na verdade é uma Ipanema se divertem nas ocasiões e demonstram admiração pela iniciativa.
O comerciante Ibyson Magalhães é fã e não esconde a tietagem. Ele segue o Camaro artesanal no Instagram e sempre que encontra Paulo Cunha, faz questão de ver o possante de perto.
"Acho incrível ele ter pensado nisso. Projetar, produzir e executar um sonho desse jeito. Cada um sabe de seus recursos e possibilidades, e mais ainda de suas obrigações. Então, ver ele usando a criatividade para realizar um sonho é uma coisa realmente inspiradora", ressalta.
Grana curta para terminar projeto
Paulo Cunha havia prometido transformar totalmente a perua em um Camaro amarelo conversível até o fim do ano passado. No entanto, a falta de recursos emperrou o projeto. O marceneiro confessa que tem todo o restante da carenagem de madeira planejada, mas não tem o aporte para bancar a finalização.
"Eu tenho tudo em papelão. Primeiro, faço essa simulação em papelão para depois cortar a madeira. Mas é tudo muito caro. Não é só madeira. Tem os produtos para selar a madeira, tinta etc. Tudo demanda um recurso do qual por enquanto não disponho. Tenho meus netinhos e minhas prioridades em casa, mas adoraria terminar tudo. Eu vou. Mas com paciência", explicou.
O marceneiro diz que aceitaria ajuda dos fãs e está disponível para quem desejar entrar em contato e ajudar da maneira que puder.
"Muita gente pergunta quando vai ficar pronto. Espero que alguma marca veja essa reportagem e queira dar aquele apoio. Eu aceito e agradeço desde já todo o carinho", conclui.
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