Azar ou falta de noção? Apresentador destrói 2º carro acelerando em dia 13

Oficina especializada na preparação de veículos com mais de 1,3 milhão de seguidores no YouTube, a Auto Super voltou a ser notícia nas redes sociais devido a acidente em via pública envolvendo um carro de divulgação da empresa, supostamente acima do limite de velocidade.

A colisão aconteceu no último dia 13 de maio, uma sexta-feira, quando Lucas Fontana, apresentador e sócio do empreendimento, perdeu o controle de um Volkswagen Passat Variant modificado na capital paulista e acertou um caminhão. Não há relato de feridos, enquanto o VW teve perda total.

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Essa foi a segunda vez na qual Fontana destruiu um veículo da Auto Super: em 2020, o empresário e influenciador digital dirigia um Mitsubishi Lancer Evo na Marginal Pinheiros, igualmente na cidade de São Paulo, quando bateu em um poste. Na ocasião, o youtuber sofreu ferimentos leves e o trânsito na via teve de ser parcialmente bloqueado.

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Detalhe: a batida do Evo também ocorreu em 13 de maio, com a diferença de que há dois anos esse dia caiu em uma quarta-feira. No imaginário popular, a sexta-feira 13 é uma data associada à má sorte, enquanto o número 13 tem fama semelhante. Seria um sinal de azar do youtuber nos dois casos?

Anteontem (7), pouco após a notícia vazar em um perfil do Instagram, o próprio Lucas deu sua versão em vídeo da Auto Super no YouTube. Na publicação, Fontana reconhece sua responsabilidade e diz ter participado de disputa com outro carro em uma avenida da Zona Leste antes de colidir no caminhão.

Racha e freada a 100 km/h antes de radar

Ele afirma que freou o Passat a cerca de 100 km/h ao perceber que se aproximava de um radar, na tentativa de evitar multa por excesso de velocidade. Foi então que o veículo rodou e bateu, alega.

"Tinha um Fiesta baixinho, com escape, passou correndo. Fui lá, passei também correndo, mas essas coisas saudáveis, não é nada de costurar, meio que reto. Daí ele me passou de novo, asfalto meio ruim, tirei um pouco o pé. Abriu uma reta, na direita, parecia ter asfalto um pouco melhor", relata o apresentador.

Lucas Fontana acrescenta no vídeo que o Passat Variant estaria com o módulo do ABS desligado e provavelmente com algum problema nos freios não detectado anteriormente - o veículo estava na etapa final de preparação e era conduzido até uma empresa que instalaria um novo sistema de som na perua.

"Estava enchendo de terceira e [o passageiro] falou 'radar'! Olhei para cima e, no que pisei no freio, devia estar a uns 100 km/h. Foi a mesma sensação de puxar o freio de mão. O carro virou de lado e foi. Bateu no caminhão, ricocheteou e bateu a roda [dianteira direita] na guia. Acabei com o Passat, fiz merda".

Na capital, a grande maioria das vias tem velocidade limitada a 50 km/h, enquanto em algumas o teto sobe a 60 km/h e chega a 90 km/h nas vias expressas das marginais Pinheiros e Tietê.

Um vídeo começou a circular ontem (8) exibindo o carro parado na faixa mais à direita, já com a traseira detonada e com Fontana e o passageiro, que é funcionário da Auto Super, no lado de fora. Nenhum caminhão é visto na cena.

UOL Carros enviou mensagens aos perfis da Auto Super e do próprio Lucas no Instagram, oferecendo a oportunidade de ele e o sócio Filipe Bueno se manifestarem. Contudo, até agora não houve resposta.

Ontem, Filipe comentou o assunto na mesma rede social, demonstrando insatisfação com a perda total do Volkswagen.

A Auto Super estava trabalhando no Passat há cerca de quatro anos e o projeto já teria custado uma soma considerável de dinheiro antes de ser interrompido, justamente quando estava quase pronto.

Nos stories, Filipe Bueno menciona um terceiro acidente, que danificou um Chevrolet Chevette da empresa, batido por outra pessoa e dentro de um autódromo, em 2018. O caso também rendeu polêmicas na ocasião.

Bueno também falou sobre a perda do carro em outra postagem na mesma rede social, feita no mesmo dia.

"Eu acredito que tudo tem começo, meio e fim... mas em 99,9% das vezes não estamos preparados para o fim. Infelizmente, esse foi o fim de um longo projeto que não tive a oportunidade de sequer dar uma volta para escutar o tal som da turbina roletada enchendo! Com certeza novos projetos vão acontecer, mas agora é hora de parar para pensar e rever algumas coisas!", disse o empresário.

Lucas diz ter adquirido uma nova carroceria com o próprio dinheiro para retomar e finalizar o projeto, utilizando o Passat batido como doador de peças - incluindo o motor 2.0 forjado, a citada turbina roletada, o câmbio e itens de acabamento.

Lucas relembra acidente anterior e pede desculpas

Aparentando estar bastante abalado, Lucas publicou ontem outro vídeo sobre a perda total do Passat, no qual também comentou a colisão do Mitsubishi, que aconteceu há pouco mais de dois anos em uma das principais vias da cidade e foi noticiada ao vivo por emissoras de TV, gerando grande repercussão.

Ele agradece 'àqueles que buscam não julgar de primeira" e salienta que "a mensagem de hoje é mais para a galera que toca pedra".

"Em questão de minutos, todo mundo já tinha recebido a foto e sabido que o Lucas da Auto Super tinha se envolvido em um acidente", destaca, referindo-se à colisão do Lancer Evo na Marginal Pinheiros.

"Eu não estava preparado para aquilo. Nunca tive a minha credibilidade e meu caráter colocados em dúvida ao vivo. Foi uma lição enorme para mim, disseram que [antes do acidente] eu estava tirando racha com um Fiorino, mas eu não estava".

O próprio youtuber comentou a batida do Evo em entrevista a UOL Carros veiculada originalmente em agosto de 2020:

Voltando ao Passat Variant, ele diz que demorou quase um mês para falar sobre a colisão porque "não estava preparado".

"Que se dane o carro, a gente conquista outro. Peço perdão aos que trabalharam nele. Fiquei extremamente decepcionado comigo por ter exposto meu funcionário a risco, por responsabilidade minha. Se eu machuco alguém, acabou minha vida por causa da minha consciência".

Ele enfatiza que não é "hipócrita" para dizer estava devagar quando o VW bateu.

"Não ando devagar, não vou ser hipócrita para falar isso. Se eu estivesse a menos de 50 km/h, talvez aquilo pudesse não ter acontecido? Com certeza, mas aconteceu. Se estivesse com os freios funcionando perfeitamente, não teria acontecido. Isso me exime de responsabilidade? De forma alguma".

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