Cada litro conta: veja como economizar gasolina ao abastecer seu carro
Lembra da velha expressão "copo meio cheio ou meio vazio"? O mesmo valeria para o seu carro? Conforme matéria do UOL Carros, rodar com o tanque acima do limite não deve ser feito e pode aumentar o consumo. A despeito dos aumentos recentes nas bombas, aproveitar o preço atual e encher após o desarmamento da bomba pode sair caro. Mas afinal, há um volume ideal para economizar?
O peso extra é um fator importante, mas isso varia muito. Rodar com o tanque cheio exigirá 50 litros no carro mais vendido de maio, o Hyundai HB20. Na teoria, o consumo poderia aumentar 3% com o reservatório completo. Ou seja, ficar no copo meio cheio talvez pareça a melhor opção. Porém, outros fatores devem ser levados em consideração. Um deles é a autonomia e o quanto ela é necessária no dia a dia.
Vamos ao HB20 novamente. De acordo com o programa de etiquetagem veicular do Inmetro, o consumo médio do hatch 1.0 fica entre 13,1 km/l e 15 km/l de gasolina, números que garantem uma autonomia projetada de 655 km na cidade e 750 km na estrada, enquanto a autonomia com etanol cai para 490 km no circuito urbano e 535 km no rodoviário.
Dá para ter uma boa ideia do quanto o seu modelo rodará nas duas situações, desobrigando o proprietário a sempre encher o reservatório. Claro que tudo varia de acordo com o tamanho do tanque e do consumo estimado pelo computador de bordo, que muda caso a caso.
Acompanhar o quanto o seu carro tem consumido no computador de bordo ajuda na tarefa de decidir qual será o volume para cada situação, cidade ou estrada. Também é necessário levar em consideração o tempo perdido no dever de parar mais no posto.
Modo de dirigir varia consumo dez vezes mais
"No caso desse exemplo do HB20, o condutor está colocando 25 kg extras no seu carro o tempo todo, o que fará diferença no seu bolso a médio e longo prazo. Não é por acaso que as montadoras lutam para reduzir o peso em nome da eficiência", alerta Erwin Franieck, diretor-presidente do Instituto SAE4 Mobility.
"Trabalhamos com os fabricantes para ganhar 1% no consumo, contudo, isso está mais na mão do condutor. Para média geral, esse número cai dentro da variação normal que você tem. Se você dirigir mais apressado, isso dá mais de 30% de variação de motorista para motorista", completou o especialista, que ressalta que o modo de dirigir é o principal fator, seguido da calibração dos pneus e do peso do carro.
Não se esqueça de dirigir com calma, sem acelerações ou frenagens bruscas. Aproveite também característica como a dos pneus modernos, que são capazes de resistir menos ao atrito e rolar por mais tempo sem a necessidade de ficar pressionando o acelerador à toa.
"Se você for pegar o peso, por exemplo, a mala que você leva no porta-malas ou o seu próprio peso corporal, a diferença pode ser mais perceptível, porque não tem tanta variação causada pela quantidade de combustível. Se o objetivo é economizar, tem que incluir todas as boas práticas, não adianta andar com o pé embaixo e com pressão dos pneus desregulada", explica Marcus Vinícius Aguiar, vice-presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva).
"É necessário seguir o que cada montadora prevê no manual e usar itens como computador de bordo ou indicador de troca de marcha. Isso é uma condução econômica. Também influencia a manutenção em dia. Tem muitas outras coisas que alteram e influenciam mais o consumo", concluiu.
Cleber Willian Gomes, professor do departamento de Engenharia Mecânica da FEI, ressalta a importância de boas práticas que possibilitam rodar mais quilômetros por litros de combustível, tais como regular a pressão dos pneus, rodar na faixa verde do motor (menor consumo) e, se possível, não utilizar o sistema de ar-condicionado. "Uma boa prática é buscar abastecer sempre no mesmo posto de combustível e acompanhar o comportamento e desempenho do veículo", completa.
Tudo pode ser adotado gradualmente. "É um processo de melhoria contínua. Primeiro passo, modo de dirigir, depois tirar o peso inútil do carro. Uma caixa grande de ferramentas, tem os outros pesos extras. Pode ser uma cadeirinha ou as coisas das crianças que você não tira do carro. Temos que saber que tudo o que você está carregando está gastando mais", aconselha Erwin.
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