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Bola fora: 10 carros lançados no Brasil e que tiveram vida curta por aqui

Peugeot Hoggar Escapade - Divulgação
Peugeot Hoggar Escapade Imagem: Divulgação

Julio Cabral

Do UOL, em São Paulo

17/07/2022 04h00

Os carros costumam seguir um ciclo de vida bem parecido, sendo que a maioria muda entre cinco a sete anos após o lançamento. Tudo segue o mesmo esquema de apresentação, atualizações e descontinuação. Contudo, a vida de alguns pode passar por um desvio de padrão e ser muito longa ou muito curta, algo que se repete na natureza.

UOL Carros reuniu alguns modelos que se foram cedo demais. É importante ressaltar que todos são nacionais ou fabricados na Argentina, ficaram de fora automóveis importados, uma vez que muitos são importados em lote e têm vida programada muito curta, exemplos do Volvo V60 e Kia Rio.

Dodge Dakota R/T - Divulgação - Divulgação
Dodge Dakota R/T
Imagem: Divulgação

Dodge Dakota - 1998 a 2001

A Dodge voltou em 1998 com o objetivo de fabricar picapes em Campo Largo, no Paraná. Foi de lá que saiu a bela Dakota, uma média com estilo parecido com o da grandalhona Ram, mas sem muito conteúdo nacional. Equipada com motor V6 3.9, 2.5 a gasolina e 2.5 turbodiesel, a picape recebeu ainda o motor 5.2, o último V8 a equipar um modelo nacional. As opções de cabine eram simples, estendida ou dupla, essa última raríssima.

Volkswagen 1600 - Divulgação - Divulgação
Volkswagen 1600
Imagem: Divulgação

Volkswagen 1600 - 1969 a 1971

Ter a praticidade das quatro portas e a motorização robusta não salvou o Volkswagen 1600. O design apelava para frente e traseira um pouco achatadas, algo que garantiu o apelido de Zé do Caixão. O modelo foi apresentado em 1968, mas só começou a ser vendido no ano seguinte. Embora tenha sido adorado entre os taxistas, o sedã foi fabricado em série até 1970, uma vez que pouquíssimos foram feitos em 1971, segundo matéria do Alexander Gromow, do site Autoentusiastas.

Fiat Oggi CSS - Divulgação  - Divulgação
Fiat Oggi CSS
Imagem: Divulgação

Fiat Oggi - 1983 a 1985

Foi em 1983 que o 147 recebeu sua segunda maior reestilização, uma mudança que foi acompanhada pelo lançamento do Oggi (hoje, em italiano), um sedã compacto antecessor do Prêmio. O Fiat foi lançado em 1983 e não agradou tanto em estilo, mas tinha qualidades, tais como o enorme porta-malas de 440 litros e a versão esportiva CSS. Mas não teve jeito, o lançamento da linha Uno encurtou a vida da família 147.

Volkswagen Pointer - Divulgação - Divulgação
Volkswagen Pointer
Imagem: Divulgação

Volkswagen Pointer

A Autolatina representava a união da Ford e da Volkswagen, uma aliança que gerou vários projetos. Alguns deles eram apenas versões rebatizadas de um modelo ou de outro, o que gerou automóveis de vida breve, exemplo do Apollo (1990 a 1992). Mas houve também espaço para carros que eram apenas baseados na plataforma ou mecânica de ambas as marcas.

Foi assim com o Pointer e o Logus. O sedã de duas portas ainda viveu de 1993 a 1997 e obteve algum sucesso de mercado. Foi o hatch de cinco portas que viveu por menos tempo, tendo sido lançado no mesmo ano e descontinuado em 1996. Entre versões 1.6 e 1.8, o que chamou atenção foi o Pointer GTI 2.0, motor que também equipou o três volumes. Foram filhos que saíram de linha assim que o casamento foi desfeito, nem puderam optar com quem iriam ficar.

Peugeot Hoggar Escapade - Divulgação - Divulgação
Peugeot Hoggar Escapade
Imagem: Divulgação

Peugeot Hoggar - 2010 a 2014

A ideia não parecia ruim: o segmento das picapinhas tinha bom espaço e a Peugeot pensou em aproveitar para investir em uma área em que não tinha participação desde a antiga picape 504. O projeto foi baseado no 207, uma reestilização do 206 feita sob medida para o nosso mercado - a ordem era economizar custos. A caçamba enorme e o bom ajuste dinâmico não foram capazes de estender a vida do modelo.

Fiat Brava - Divulgação - Divulgação
Fiat Brava
Imagem: Divulgação

Fiat Brava - 1999 a 2003

Se estilo fosse tudo, o Brava teria vivido por muito mais tempo. O hatch quatro portas ostentava a dianteira baseada no Marea, mas eram as lanternas em filetes horizontais que atraiam os olhares mais indiscretos. A Fiat até pensou em trazer o Bravo, a versão três portas do mesmo carro, porém, os planos foram interrompidos pela alta do dólar.

O grande barato da gama era o esportivo HGT 1.8. Contudo, foi um modelo produzido por ainda menos tempo que ronda os sonhos dos entusiastas da marca italiana: alguns poucos exemplares foram feitos com o motor cinco cilindros do Marea.

Chevrolet/Opel Omega Suprema - Divulgação - Divulgação
Chevrolet/Opel Omega Suprema
Imagem: Divulgação

Chevrolet Suprema - 1992 a 1996

Ter um nome pomposo não garante vida longa. A versão perua do Omega ficou no mercado por um tempo curto e sequer recebeu sucessora, ao contrário do sedã. O visual comprido parecia terminar abruptamente na tampa traseira vertical.

Tal como no modelo que lhe deu origem, a Suprema tinha tração traseira e opção de motor V6 3.0, o que dava vida ao Chevrolet, a despeito dele ser usado até hoje por muitas funerárias.

Renault Symbol - Divulgação - Divulgação
Renault Symbol
Imagem: Divulgação

Renault Symbol - 2009 a 2013

A despeito de já ter o Clio Sedan no mercado nacional, a Renault resolveu fazer um carro um pouco diferente para ocupar uma fatia ligeiramente superior do segmento dos sedãs compactos. Assim nasceu o Symbol, um três volumes com estilo tão polêmico quanto o do Clio, mas com acabamento e design internos diferentes e dimensões um pouco maiores.

Embora tenha sido pensado para mercados como o da Turquia, o carro que veio para cá era feito na Argentina e conseguiu até algum destaque por lá, no entanto, o mesmo não se repetiu no Brasil e a vida dele durou apenas quatro anos no nosso mercado.

Chevrolet Agile - Divulgação - Divulgação
Chevrolet Agile
Imagem: Divulgação

Chevrolet Agile - 2009 a 2014

O Agile não completou cinco anos no mercado brasileiro por apenas um mês. Feito na Argentina, o hatch compacto tinha plataforma derivada do primeiro Corsa produzido no Brasil. Sim, não era baseado na segunda geração.

Foi uma das decisões de projeto que deixaram o carro abaixo do esperado para um Chevrolet de nova geração, ainda mais quando comparado ao mais moderno Sonic. Ambos foram sucedidos pelo Onix.

Caoa Chery Tiggo 3X - Keiny Andrade/UOL - Keiny Andrade/UOL
Caoa Chery Tiggo 3X
Imagem: Keiny Andrade/UOL

Caoa Chery Tiggo 3X - 2021 a 2022

O exemplo mais recente da lista deixou de ser vendido 11 meses após o lançamento. O Caoa Chery Tiggo 3X era um SUV derivado do antigo Celer, um modelo lançado no Brasil em 2013. Mesmo com novo motor 1.0 turbo e elementos de estilo diferentes do antigo Tiggo 3, o carro não ficou por muito tempo na linha de fabricação de Jacareí (SP), que, por sua vez, teve a produção interrompida.

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