Postos apostam na energia elétrica para sobreviver no futuro
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Os postos de combustível parecem lucrar mais do que nunca, porém as perspectivas a longo prazo são um pouco menos positivas. A eletrificação dos carros vai exigir mudanças no modelo de negócios, e aqueles que se adaptam mais rapidamente têm a chance de conseguir não apenas sobreviver, mas também fazer isso com alguma folga.
Esse é um dos temas discutidos no ExpoPostos & Conveniência, evento que acontece em São Paulo até o dia 28 de julho. Trata-se de uma convenção dos representantes de distribuição e revenda de derivados de petróleo, lojas de conveniência e food service do Brasil.
Para entender melhor o futuro dos postos, UOL Carros conversou com Roberto James, administrador, especialista em logística e consultor de negócios de petróleo e gás. De acordo com o especialista, nos próximos 10 anos, os postos no Brasil não serão os mesmos. As estações de recarga elétricas tomarão uma boa parte das bombas de combustível.
"O principal ponto é que os postos vão perder essa característica de serem apenas postos de combustível. Eles já estão no processo de se tornarem postos de serviço. Se o consumidor chegar no seu posto e a última coisa que ele for fazer for abastecer, você está bem, porém, se for a única coisa, você está condenado", afirma Roberto.
Segundo o especialista, "os postos vão passar a agregar mais serviços para manter o consumidor satisfeito, lembrando que o tempo é um dos maiores bens dele". O tempo de recarga será reduzido não apenas pelas novas tecnologias, o que acontecerá é que o motorista passará menos tempo, pois não terá o costume de completar as baterias por inteiro, ainda de acordo com Roberto.
Os custos de instalação das estações de recarga tendem a ser barateados ao longo dos próximos anos, além de ser amortizado pelo uso de energia solar, o que diminui o capital de giro necessário para a operação.
Facilidades de pagamento também fazem parte dessa nova jornada de consumo. Roberto também alerta que as regras do setor de energia solar podem mudar, além de ressaltar que a indústria petrolífera pode reagir com uma derrubada do preço do petróleo. Seria curioso ver a gasolina baixar.
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