"Penélope Charmosa real" tem Ka discoteca e cruza estradas em seu caminhão
Ruzimelia Basso tem chamado atenção e feito sucesso divulgando nas redes sociais vídeos de seu trabalho como caminhoneira. Seu vídeo com maior relevância no TikTok bateu 1.4 milhão de visualizações com a rotina da mulher nas estradas.
Apaixonada por rosa, Ruzi Mel, como prefere ser chamada, coleciona momentos, histórias e diversas tatuagens que remetem à sua trajetória.
"Uma das primeiras tatuagens que fiz foi a da Penélope Charmosa, eu me identifico muito com ela. Mesmo com todos os obstáculos, no fim ela sempre vence a corrida maluca", diz Ruzi.
Quando a vacinação contra covid-19 foi liberada para o grupo prioritário, ela resolveu tomar sua 1° dose fantasiada de Penélope. O sucesso foi tanto que ela ganhou visibilidade entre os funcionários do posto de saúde e os internautas no Instagram.
"Como sou fissurada na Penélope, utilizei a fantasia para incentivar a população a se vacinar. Acompanhei muitas pessoas indo até os postos vestidos de super-heróis. Como a Penélope é minha inspiração, resolvi fazer o mesmo", conta Ruzi.
Para complementar a caraterização, Ruzimelia utilizou seu carro, um Ford Ka 2015 cor-de-rosa, para tomar a vacinar. O automóvel é o mesmo veículo utilizado pela caminhoneira para fazer corridas de aplicativo.
"Trabalhei como Uber por três anos. Nesse tempo, a maioria dos passageiros ficava feliz de viajar comigo pela experiência diferenciada, já que tudo no carro é cor-de-rosa, cheio de brilho e com um globo de luz", afirma Ruzi.
Em algumas situações, Ruzi acredita que passageiros se recusaram a andar com a motorista devido à cor de seu Ford Ka.
"Fui buscar um adolescente em uma escola e, quando cheguei ao local, ele cancelou a viagem. Creio que ficou com vergonha ou com medo de fazerem bullying por causa do carro ser rosa", diz Ruzi.
Outra pessoa que não gostou muito da plotagem do veículo foi Luiz Antônio Pereira, marido de Ruzi. "Ele me deu o Ka em 2015 e eu sou a única dona. Quando informei as alterações que faria, ele ficou de cara fechada. Mesmo ele não aprovando a mudança, fiz do mesmo jeito. Hoje ele aceita e até dirige meu carro."
De acordo com a motorista, ela começou sua carreira de caminhoneira por acaso. "Eu tinha falido minha loja de bijuteria, conversei com meu vizinho e falei que estava desempregada. Ele disse que havia uma empresa que aceitava mulheres sem experiência para ser caminhoneira. Mandei currículo durante dois anos todos os meses. Até que fui contratada e a profissão se tornou minha paixão."
Ruzi é mãe de quatro filhos e tem cinco netos. Para auxiliar a família, já fez de tudo um pouco. Trabalhou como recepcionista, dona de loja, mas a sua maior paixão continua sendo o volante.
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