Bomba-relógio: 5 hábitos no trânsito que te candidatam a sofrer um acidente
A maneira como você dirige e cuida do seu carro faz toda a diferença quando o assunto é segurança.
Alguns hábitos e práticas ao volante, bastante comuns no trânsito, elevam consideravelmente o risco de acidentes - tornando o condutor uma verdadeira "bomba-relógio" sobre rodas.
A chamada condução defensiva, tão enfatizada por especialistas em segurança viária, já ensina: dirigir de forma civilizada, priorizando a cautela e buscando "antecipar" o movimento de outros veículos, só faz bem ao trânsito e ajuda a preservar vidas.
Dirigir como se vias públicas fossem um autódromo e o respectivo deslocamento, uma disputa, só eleva o caos e a quantidade de vítimas nas ruas, nas avenidas e nas rodovias.
O mesmo vale para a manutenção do veículo, que por lei deve proporcionar condições mínimas de segurança durante sua utilização.
Confira a seguir cinco hábitos que tornam você um sério candidato a sofrer um acidente.
1 - Dirigir mexendo no celular
Hoje em dia, o telefone celular está consolidado como a principal ferramenta de comunicação de milhões de pessoas, seja para o trabalho, seja para o lazer.
Nestes tempos de uso massivo das redes sociais, não param de pipocar notificações de novas mensagens e publicações na tela do aparelho.
A dependência dos smartphones é tanta que muitos motoristas não largam o seu nem enquanto estão dirigindo - não é surpresa que uma das principais causas de acidentes de trânsito no Brasil é a perigosa combinação de direção e uso do telefone celular.
Se você for flagrado por um agente de trânsito com o celular no ouvido, deverá levar multa - no caso, de R$ 130,16 por infração média, mais quatro pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), conforme estabelece o Artigo 252 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
Porém, caso o condutor seja flagrado manuseando o celular ou digitando uma mensagem ao volante, a multa é ainda maior, pois é enquadrada como infração gravíssima. As penalidades previstas são o pagamento de multa R$ 293,47, mais sete pontos no prontuário.
2 - Andar 'colado' no veículo à frente
A cena é extremamente comum: motoristas impacientes andam "colados" na traseira do veículo à frente, talvez devido à falsa sensação de que assim irão chegar mais cedo ao seu destino.
Contudo, não manter uma distância minimamente segura tem as suas consequências: se, por algum motivo, o condutor que o antecede tiver de frear bruscamente, as chances de você não reagir a tempo crescem bastante.
Isso sem contar que a distância necessária para brecar pode ser insuficiente. Vale destacar que essa distância cresce proporcionalmente à velocidade de condução.
Portanto, quanto mais rápido o motorista estiver, mais longe ele deverá ficar do veículo que o precede na via.
3 - Rodar em velocidade excessiva
Não é por acaso que campanhas preventivas relacionadas à segurança no trânsito focam o excesso de velocidade: ele é a principal causa de acidentes nas vias brasileiras e também do mundo.
Também é por essa razão que existem por todos os lados radares de fiscalização do desrespeito ao limite de velocidade - uma das infrações mais cometidas no país.
Andar rápido demais, como explicamos no item acima, compromete a capacidade de reação em caso de uma emergência e exige uma distância maior para frear completamente o veículo.
Em caso de colisão, quanto maior for a velocidade, maior será o risco de ferimentos graves e até fatais aos ocupantes do veículo e terceiros.
Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, estudos apontam que 80% dos acidentes acontecem em vias com boas condições de manutenção; 70% em pistas secas; 60% durante o dia; e mesmos 65% dos acidentes, em pistas molhadas, ocorrem em retas.
Esses números deixam claro que excesso de confiança gera desatenção e a coisa só piora quando a velocidade cresce.
Segundo o CTB, rodar até 20% acima do limite permitido é infração média, punida com multa de R$ 130,16, mais quatro pontos na CNH.
Por sua vez, conduzir veículo de 20% até 50% acima da velocidade máxima permitida é infração grave, cujas penalidades são multa de R$ 195,23 e cinco pontos no prontuário.
Se o motorista for flagrado rodando a uma velocidade acima de 50% do limite permitido, as penalidades são ainda mais pesadas: a prática é considerada infração gravíssima, cuja multa é multiplicada por três, totalizando R$ 880,41.
Além disso, a CNH do infrator é suspensa nesse caso.
4 - Ignorar o uso da seta
Ativar a seta antes de fazer uma curva, ou trocar de faixa, para alertar os demais condutores e pedestres, é uma iniciativa simples.
No entanto, a prática é ignorada por milhares de motoristas e motociclistas e causa acidentes que poderiam facilmente ser evitados.
Espacialmente em automóveis, ignorar o uso do equipamento de segurança põe em risco os condutores de motocicletas, que costumam trafegar entre os carros - e são, juntamente com os pedestres, os mais vulneráveis no trânsito.
Muitos não sabem, mas o uso da seta não é apenas uma atitude recomendável: sua ativação é obrigatória, de acordo com a legislação.
O advogado Marco Fabrício Vieira, membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), alerta que as penalidades estão previstas no Artigo 196 do CTB.
Segundo esse artigo, "deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação é infração grave".
Condutores flagrados sem executar a sinalização são penalizados com multa de R$ 195,23, mais cinco pontos na carteira de habilitação.
5 - Rodar com pneu careca
O desleixo com a manutenção do carro traz uma série de problemas, como aumento no consumo de combustível e comprometimento à segurança.
Problemas na suspensão e, especialmente, nos pneus elevam e muito o risco de acidentes.
Muitas vezes ignorados, os pneus são essenciais para a condução segura dos veículos.
Exemplares "carecas", ou seja, com a banda de rodagem já bastante deteriorada, comprometem seriamente a estabilidade e elevam a distância necessária para o carro parar completamente, na hora da frenagem.
Se a banda de rodagem estiver como na foto acima, obviamente já passou da hora de substituir o pneu.
Vale destacar que a substituição deve ser feita bem antes, assim que os sulcos do pneu estiverem no mesmo nível de uma marcação chamada TWI.
Além disso, rodar com pneu careca e/ou carro detonado dá multa: segundo o CTB, conduzir veículo "em mau estado de conservação, comprometendo a segurança" é uma infração grave, com multa de R$ 195, 23, mais cinco pontos no prontuário da CNH.
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