Mercedes-Benz Sprinter faz 25 anos e pode ter versão elétrica em breve

A Mercedes-Benz Sprinter é um dos maiores ícones do segmento de veículos comerciais. Lançada em 1997, a van deu origem a uma linha completa de modelos e mudou as regras do segmento ao trazer um nível de conforto e praticidade até então inexistentes em sua categoria.

É por isso que a fabricante está realizando diversas ações para celebrar os 25 anos da estreia da Sprinter no país. Um desses eventos aconteceu em São Paulo e contou com a participação de UOL Carros, que pôde conhecer em detalhes a trajetória de sucesso de um dos produtos mais importantes da Mercedes-Benz Vans por aqui.

"Tive a honra e o prazer de lançar a Sprinter no mercado brasileiro em 1997, e é uma honra ter acompanhado essa trajetória como um filho que cresceu. Hoje a Sprinter é referência no segmento e reconhecida pelos atributos dentro da marca, como tecnologia e segurança. Isso me deixa muito feliz e acho muito emocionante acompanhar os depoimentos dos clientes que usam nosso produto e descobrimos aquilo que o produto entrega para eles", afirmou Carlos Garcia, CEO e Presidente da Mercedes-Benz Cars & Vans.

Para várias aplicações

A Sprinter possui uma das linhas mais completas do mercado. Hoje, a gama é formada pelas versões Furgão, Furgão Vidrado, Truck e Van. Entre as opções de tonelagem existem aplicações de 3,5 toneladas (esta podendo ser conduzida por qualquer motorista com CNH do tipo B, como a exigida para dirigir um automóvel de passeio), 4,1 toneladas e 5 toneladas. Há quatro opções de entre-eixos (de 3,25 metros a 4,32 metros) e cinco variações de capacidade volumétrica: 7,5 m3, 9m3, 10,5 m3, 14 m3 e 15,5 m3.

Além das aplicações comerciais, a Sprinter também teve aumento na procura por outros tipos de clientes, como pessoas que desejam adaptar uma van para motorhome. Esse mercado explodiu durante a pandemia, mas Garcia diz que a necessidade de isolamento social, somada ao crescimento do trabalho remoto, não foram os únicos motivos para o aumento nas vendas.

"Não acredito que houve um crescimento, mas novos mercados e nichos foram abertos. A pandemia potencializou as tendências que já existiam. Um bom exemplo é o motorhome, que, se eu me recordo, já era uma tendência desde 1997 porque esse produto também havia sido lançado na Europa em seu momento e já conhecíamos esse tipo de aplicação. Então trouxemos esse produto para o Brasil na ocasião, mas antes ele atingia outro tipo de mercado".

Mesmo assim, o executivo admite que a pandemia trouxe novos hábitos de consumo - o que acabou sendo benéfico para a empresa.

"Hoje percebemos que as pessoas estão cada vez mais querendo se tornar móveis. Muitas pessoas nem precisam mais ir ao escritório todos os dias, podem trabalhar onde quiser e literalmente viver sua vida dentro de uma Sprinter. O ponto principal é que todos buscam conforto e versatilidade", completou.

Futuro elétrico?

Enquanto marcas como Citroën, Fiat, Peugeot e até a JAC Motors já oferecem vans elétricas, a Mercedes-Benz não confirma a estreia de uma Sprinter movida a eletricidade.

Difícil não seria, uma vez que o projeto existe na Alemanha. Boatos indicam que a Mercedes-Benz estuda comercializá-la aqui desde seu lançamento comercial, em 2019. No entanto, a empresa precisaria considerar alguns fatores importantes do produto, como a autonomia de aproximadamente 168 km - pouco mesmo para o uso urbano em um país de dimensões continentais.

Enquanto não surge uma decisão oficial, a empresa é cautelosa e diz que ainda estuda a venda da e-Sprinter no Brasil.

"Estamos olhando e monitorando a evolução do mercado. Já temos alternativas com as versões desenvolvidas para o mercado europeu, que possui restrições e parâmetros próprios que precisam ser atendidos. Então a partir do momento em que enxergarmos oportunidades (para entrar nesse segmento) é claro que estaremos presentes", concluiu Garcia.

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