BMW Série 3: o que muda e quanto custa carro de luxo mais vendido do Brasil
Lançada no mercado brasileiro em 2019, a nova geração do Série 3 ganhou uma atualização de meio de vida. Mudaram detalhes no visual e na cabine. Porém, por enquanto só está disponível a versão 320i, que é montada em Araquari (SC).
A opção 330, que virá importada (da Europa), chega ao mercado brasileiro em dezembro. Para o 320i, há três versões de acabamento. A GP tem preço sugerido de R$ 307.950 e a Sport GP, de R$ 327.950.
UOL Carros avaliou a versão topo de linha, M Sport, que é tabelada em R$ 347.950. Essa configuração, além de ser a mais completa em equipamentos, se destaca por alguns detalhes visuais da divisão esportiva da BMW, a M.
O Série 3 é o carro de luxo mais vendido no mercado brasileiro. Além disso, é um grande ícone para os fãs puristas do automóvel, especialmente por ser um dos poucos modelos a, fora do segmento de esportivos, manter a tração traseira.
Visual
Externamente, a dianteira é o que mais mudou no 320i. A grade, chamada pela BMW de "duplo rim", agora tem detalhes mais ressaltados. Antes, era escurecida. Agora, é acabada em tom prata fosco.
Os faróis têm novo formato e são full-LEDs com tecnologia antiofuscamento. O para-choque dianteiro também mudou. Ele traz novas saídas de ar laterais e uma entrada central mais larga.
Lateralmente, o 320i avaliado tem rodas de dois tons da M. Entre os destaques há a pinça de freio em azul, cor da divisão esportiva. A coluna C é levemente caída, mas sem deixar de ressaltar os bem definidos três volumes do sedã.
O carro tem 4,70 metros de comprimento, 1,83 m de largura e 1,44 m de altura. Um dos pontos fracos é o porta-malas, com apenas 365 litros. É que a BMW adaptou ao compartimento um dispositivo para acomodar o estepe de uso temporário.
O projeto original do carro não previa esse estepe, pois na Europa o sedã vem com pneus run flat - mesmo furados, podem rodar por alguns quilômetros. Essa adaptação acabou comprometendo a capacidade do porta-malas.
A abertura no compartimento, aliás, é elétrica. Na traseira, a única mudança está no para-choque, que ficou mais ressaltado que o do modelo anterior.
Interior
Se a dianteira traz muitas mudanças, a cabine sofreu ainda mais alterações. A maioria delas foi feita para acomodar as duas telas curvas e integradas que formam o sistema multimídia e o quadro de instrumentos. É o mesmo componente usado no elétrico iX.
Essas telas são curvas para ficarem mais voltadas ao motorista, aprimorando a ergonomia. O multimídia é sensível ao toque e tem muitas possibilidades de personalização. Fácil de usar e intuitivo, é também bem conectado.
Vem com Android Auto e Apple CarPlay, além de Amazon Alexa. Traz ainda câmeras exclusivas, que ficam na parte de cima do para-brisa. Já o painel de instrumentos traz mais possibilidades de layout e personalização que o do modelo anterior.
Com esse novo componente, as saídas de ar-condicionado também foram redesenhadas, e seus comandos agora são no multimídia, eliminando os botões. O painel foi redesenhado e o alumínio trabalhado que domina seu revestimento traz novos formato e cor.
Outra novidade está na alavanca do câmbio, que foi eliminada e substituída por um botão. Essa é mais uma solução herdada do BMW IX. As trocas manuais de marcha, agora, só podem ser feitas por meio das hastes atrás do volante.
O acabamento interno é muito bem feito. Além do amplo uso de alumínio trabalhado, há ainda couro com costura aparente no revestimento das portas. Os bancos se destacam por terem bom suporte lateral e serem ergonômicos.
Atrás, só duas pessoas ficam bem acomodadas, pois o túnel central é quase tão alto quanto o próprio banco. A distância entre os eixos é de 2,84 m.
Equipamentos
Para quem viaja atrás, há duas entradas USB do tipo C e uma zona de ar-condicionado independente - com comandos para temperatura e direcionamento. Uma terceira USB-C fica no console central.
A quarta entrada, do tipo A, é no painel, ao lado do carregador de celular por indução (sem fio). O modelo conta ainda com GPS nativo, item cada vez mais raro mesmo em carros de luxo oferecidos no Brasil.
Há também alguns sistemas de assistência. O 320i M Sport traz controlador de velocidade adaptativo, que freia e acelera o sedã de maneira autônoma. Outro destaque é o leitor de faixas com função de correção.
Desempenho
O conjunto mecânico não mudou. O 320i traz motor 2.0 turbo com 184 cv de potência e 30,3 mkgf de torque. O câmbio é automático de oito velocidades e a tração, traseira.
Há modos de condução, que alteram parâmetros de respostas do conjunto motor-câmbio e da direção. No esportivo, o mais impetuoso, os grafismos do quadro de instrumentos e do multimídia ficam vermelhos.
O destaque do desempenho do 320i é a dirigibilidade esportiva. O carro tem ajuste perfeito da direção e é muito preciso nas curvas e em mudanças de trajetória. Mas a tração traseira tem seus truques e encantos, podendo provocar tanto susto aos mais desavisados quanto muita diversão.
Pegando mais pesado em uma curva, com o pé fundo no pedal do acelerador, o carro pode "decidir" perder a traseira. Mas isso só em casos extremos, e com os controles de tração e estabilidades desligados - se o piso estiver escorregadio, a tendência aumenta.
Mas, mesmo nesses casos, controlar o 320i é fácil, porque ele é muito equilibrado. Quanto à agilidade, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e atinge 235 km/h de velocidade máxima.
Não é uma agilidade de grudar o corpo contra o banco nas acelerações fortes, como pode ocorrer, por exemplo, com o 330. Porém, é ímpeto suficiente para garantir eficiência em retomadas, ultrapassagens e subidas de serra, por exemplo.
Novo iX3
Junto com o renovado 320i, a BMW apresentou seu segundo SUV elétrico à venda no Brasil, o iX3. Porém, diferentemente do iX, lançado no primeiro semestre, este não é um modelo que usa uma plataforma especialmente criada para produtos a eletricidade.
Trata-se da versão elétrica do X3, e tem design muito parecido com o desse SUV. O iX3 vem em versão única, com um motor elétrico traseiro de 286 cv. De acordo com dados da marca, leva 6,8 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.
A bateria tem capacidade líquida de 74 kWh, dez módulos e pesa 518 kg. Para recarregá-la, são cerca de quatro horas em uma estação AC (carga lenta) de 22 kW e 7h30 em uma de 11 kW.
Já em postos DC (carga rápida), em 32 minutos dá para fazer a recarga de 10% a 80% da bateria, conforme a BMW. O preço sugerido do iX3 é de R$ 475.950.
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