Carros da Copa: veículos inspirados no Mundial valem a pena ou são furada?
Com a Copa do Mundo chegando, vale a pena relembrar carros que ganharam séries especiais inspiradas no Mundial.
Quase todos eles se destacam pelo visual "futebolístico" que caracteriza a Seleção Brasileira e o campeonato como um todo. Além disso, por terem tido produções limitadas, também são destaque pela exclusividade.
Essas e outras questões devem ser levadas em consideração na hora de decidir se vale a pena comprar esses carros.
Há modelos comemorativos bastante icônicos, todos fabricados meses antes do início dos campeonatos mundiais. Dentre eles, Hyundai HB20 Copa do Mundo (2018 e 2014), Fiat Uno Rua (2014), VW Gol Seleção (2010), Copa (1982, 1994 e 2006) e Sport (2002), Chevrolet S10 e pick-up Corsa Champ (1998), Monza Club (1994) e Kadett Turin (1990).
UOL Carros conversou com Cassio Pagliarini, sócio da consultoria Bright Consulting, para entender como essas edições comemorativas são pensadas e de que forma são vistas pelo mercado.
O especialista foi diretor de marketing da Hyundai durante a Copa de 2014, disputada no Brasil.
"Toda série especial depende, principalmente, do preço e da expectativa de vendas. A tarefa desses carros é servir de comunicação e visibilidade, aspectos estratégicos para as montadoras. Via de regra, quando os preços dos carros da Copa são atrativos e o objetivo não é empurrar um grande volume de vendas, eles podem ser considerados bem-sucedidos. Além disso, são úteis para dar sobrevida aos modelos comuns", afirma.
Custo-benefício
Cassio pondera sobre o que acontece quando um carro comemorativo cumpre o seu papel, do ponto de vista comercial.
"Pelo fato de serem baseados em versões que já existem, podendo adicionar itens que já compõem o portfólio padrão dentro da linha, são muito atrativos pela ótima relação custo-benefício. Quando oferecidos da forma correta, estrategicamente falando, a fabricante vai usar a exclusividade para alavancar a comunicação, e não para ganhar mais em cima de cada unidade vendida".
"Como são muito poucos os equipamentos que fogem do convencional, não há vícios ocultos e dificuldades de reparo para preocupar o cliente. No máximo, terá alguma dificuldade extra para repor um emblema exclusivo ou restaurar um estofamento. De resto, tudo é compatível com o que a marca já oferece para as versões normais. Por isso costumam vender bem, tanto quando novos, quanto no mercado de usados", explica o especialista.
Alguns podem até se perguntar: "E se o Brasil não ganhar a Copa?".
Segundo Pagliarini, esse é um fator irrelevante.
"A atratividade se relaciona mais com os itens exclusivos do carro, além do fato de não ser mais complicado para mantê-lo na comparação com versões convencionais. Eventual derrota da Seleção não causaria depreciação na hora da revenda".
Nem o 7x1 conseguiu abalar os carros especiais da Copa de 2014, portanto.
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