Tudo tem uma vida útil. Quando falamos de carros, a história é a mesma. Na última sexta (12) pudemos acompanhar a versão de despedida do Volkswagen Gol, que mesmo atingindo a liderança de vendas em alguns meses em 2022 está prestes a se aposentar.
De tempos em tempos, até mesmo veículos bons e/ou bem-sucedidos se vão. Isso nos leva a um questionamento sobre o investimento: um automóvel de sucesso que saindo de linha pode render uma fortuna no futuro ou há grandes chances de perder dinheiro?
Entrevistamos Cassio Pagliarini, sócio da Bright Consulting, para entender o que está envolvido com essa questão que preocupa os consumidores. Quando usamos o exemplo do próprio VW Gol Last Edition, que marca o fim de 42 anos de mercado do hatch, como poderá ser o impacto no mercado?
Há grande probabilidade de o carro repetir o que Cassio bem relembra sobre a Kombi quando saiu de linha: "Podemos nos basear no fim da Kombi, com a versão Last Edition. O carro foi um sucesso, só valorizou e continua o mesmo de sempre para manter. O impacto foi até positivo, uma vez que a oferta ficou menor, mas a demanda não", diz.
"Quando um carro é bem vendido, não há muito o que se preocupar com o fim da linha, pelo contrário. E a indústria de autopeças tem total interesse em continuar com a produção para os modelos. Os maiores problemas são vistos quando o carro vendia pouco ou custava muito caro. Aí sim poderá depreciar mais", complementa.
Perguntamos ao especialista se as edições especiais de despedida, ao mesmo tempo que são mais atraentes pela exclusividade, podem gerar algum receio pelos componentes diferenciados ante as versões convencionais. Cassio explica:
"Como são muito poucos os equipamentos que fogem do convencional, não há vícios ocultos e dificuldades de reparo para preocupar o cliente. No máximo, terá alguma dificuldade extra para repor um emblema exclusivo ou restaurar um estofamento. De resto, tudo é compatível com o que a marca já oferece para as versões normais. Por isso costumam vender bem, tanto nas concessionárias, quanto no mercado de usados".
Ou seja, em linhas gerais, raramente o carro que sai de linha vira um "mico" se ele nunca foi um. O próprio Honda Fit é outro exemplo, quando analisamos os anúncios nos classificados.
Caso mais antigo (tal como o da Kombi) é o Mitsubishi Pajero TR4. Em 2014, quando saiu de linha, já era um carro com projeto antiquado. Mas era tão querido pelos fãs de off-road que, nos anos seguintes, o SUV chegou até a ganhar valor.
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