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Bateria vale ouro: peça vira alvo de bandidos e pode custar uma fortuna

Guilherme Menezes e e Paula Gama

Do UOL, em São Paulo

18/11/2022 04h00

Bandidos têm ficado cada vez mais ousados ao cometerem crimes contra proprietários de veículos. A bola da vez nos furtos de componentes são as baterias, itens caros que variam entre R$ 400 (para carros 1.0) a até R$ 1.500 (caminhões).

Nas últimas semanas viralizou vídeo que mostra criminosos se aproveitando de um congestionamento para, em segundos, remover o componente da traseira de um caminhão. A ação foi tão rápida (levou menos de cinco segundos do início ao fim do procedimento de retirada da bateria) que um simples semáforo fechado também poderia ser o bastante.

Os caminhões são os mais vulneráveis, justamente pelo preço médio das suas baterias e porque o componente fica exposto na parte traseira de muitos modelos. Quanto aos carros, que escondem a bateria dentro do cofre do motor, fica mais difícil para os criminosos acessarem. Nesse caso, o ladrão costuma optar pelo furto/roubo do carro todo.

Entretanto, tudo o que se refere a roubos e furtos de carros está relativamente correlacionado. Isso porque, tirando casos em que o ladrão toma um carro para fuga, a maior motivação da criminalidade é sempre a venda das peças.

Bateria do carro - Shutterstock - Shutterstock
Bateria do carro
Imagem: Shutterstock

Segundo levantamento da empresa de rastreamento veicular Ituran - obtido com exclusividade por UOL Carros e feito com base em dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública do governo paulista, os casos de roubo e furto aumentaram 22,7% no primeiro semestre de 2022, quando comparamos com o mesmo período de 2021.

Entre janeiro e junho de 2022, foram roubados ou furtados 44.229 veículos no estado de São Paulo, contra 36.027 no mesmo período do ano passado. Essas são as informações mais recentes disponibilizadas pelo Palácio dos Bandeirantes.

Segundo Rodrigo Boutti, gerente de operações da Ituran, uma das causas para a alta nas ocorrências é o aumento na quantidade de veículos nas vias, uma consequência do fim da maior parte das restrições à circulação de pessoas que vigoravam para conter a disseminação do coronavírus. Para ele, em 2023, os números podem até superar o período pré-pandemia.

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