Caos no trânsito: o que está por trás de apagão em semáforos de São Paulo
Quem mora na cidade de São Paulo já está acostumado a enfrentar panes em semáforos durante e após chuvas mais fortes - capazes de danificar os aparelhos sinalização de trânsito.
Ultimamente, mesmo com tempo seco, tem sido comum deparar-se com cruzamentos nos quais o semáforo está desligado ou com a luz amarela piscante.
A razão por trás do problema, que contribui para deixar o trânsito paulistano ainda mais complicado, vai além da chuva: também está relacionada a furtos de cabos de energia e vandalismo dos equipamentos, que dispararam em 2022.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), estatal vinculada à Prefeitura da capital paulista, no período entre janeiro e setembro de 2022, foram registradas 5.069 ocorrências desse tipo de crime.
A empresa acrescenta que, em média, 19 semáforos são danificados todos os dias na cidade por criminosos, em busca do cobre presente nos fios - e de outros materiais com valor comercial para posterior venda ilegal em desmanches e ferros-velhos.
"Trata-se de um aumento de 37,52% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram contabilizadas 3.686 ocorrências", diz nota enviada pela CET para UOL Carros.
Cruzamentos caóticos
A companhia destaca que São Paulo é o município com o maior parque de semáforos do Brasil, somando 6.671 cruzamentos e travessias equipados com o dispositivo.
Ao longo deste ano, não foram poucas as vezes em que o furto de itens relacionados a semáforos provocou engarrafamentos enormes e demandou fiscais de trânsito para ordenar o fluxo de veículos em importantes cruzamentos da capital.
Em maio, a CET contabilizou furtos de cabos em 15 semáforos no período de três dias.
Na ocasião, esquinas bastante movimentadas, como o cruzamento da Avenida 9 de Julho com a Alameda Franca, chegaram a ficar um dia sem funcionar; o mesmo aconteceu nas esquinas da Rua Teodoro Sampaio com a Cunha Gago, da Avenida São João com a Alameda Glete e da Avenida Celso Garcia com a Rua Henrique Sertório - para ficar em alguns exemplos.
A Companhia de Engenharia de Tráfego acrescenta que, durante 2020, registrou 4.554 ocorrências de furto e vandalismo de componentes de equipamentos de sinalização semafórica na cidade;
Ao longo do ano passado, foram furtados aproximadamente 393 quilômetros de cabos elétricos. Em 2019, foram 1.969 ocorrências de furto e vandalismo, totalizando 185 quilômetros de cabos elétricos e outros materiais.
Fiscalização
A CET diz que mantém "conversas frequentes" com a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo), além das polícias Civil e Militar e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para a adoção de medidas contra essas ocorrências.
A empresa orienta a população a denunciar furtos e vandalismo por meio dos telefones 190 e 156.
Questionada, a SSP-SP afirma que os casos de furtos de fios e cabos apresentaram queda de 16,8% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado.
De acordo com a secretaria, a diminuição ocorreu após início da segunda fase da Operação Sinal Verde, iniciada em 31 de agosto.
Desde então, sustenta o governo paulista, a Polícia Militar passou monitorar os locais de maior incidência dessa modalidade de crime.
"A Polícia Civil realiza operações constantes em ferros-velhos e demais locais de venda de metais para combater roubos, furtos e receptação de fios. Desde janeiro deste ano, até o momento, 26 suspeitos foram presos pelo crime e 42.154 quilos de cabos e fios de cobre foram apreendidos", complementa a SSP-SP.
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