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'Caneta dedo-duro' ajuda compradores de carros a fugir do vendedor pilantra

Nem tudo o que parece, é. Saiba como não comprar carro batido com vício oculto - Juca Varella/Folha Imagem
Nem tudo o que parece, é. Saiba como não comprar carro batido com vício oculto
Imagem: Juca Varella/Folha Imagem

Do UOL, em São Paulo

05/01/2023 04h00

Há tantas formas de se sair prejudicado durante o processo de compra de um veículo que cada assunto merece atenção especial. Um deles diz respeito a carros que já tiveram a lataria reparada, mas seus vendedores tentam esconder esse passado dos clientes para não espantá-los e/ou depreciar o produto. Para combater os desonestos, um equipamento pode ajudar o comprador desavisado: a 'caneta dedo-duro'.

Nos anúncios, ela é vendida com nomes variados, mas é basicamente uma caneta medidora de tinta profissional. Sua função é identificar se o carro tem massa utilizada por serviços de funilaria para encobrir imperfeições que vão desde pequenas batidas até ferrugens e grandes acidentes.

Como funciona

Caneta medidora funilaria - Divulgação - Divulgação
Caneta medidora funilaria
Imagem: Divulgação
  • Há modelos que variam de R$ 80 a R$ 250.
  • Possui uma ponta magnética.
  • Deve ser posicionada na lataria.
  • O seu corpo graduado (com as marcações a seguir) se revela à medida que a caneta é puxada.
  • Indica se há mais ou menos proximidade da superfície ao metal, pelo magnetismo.

O que a caneta indica

  • "Muito espesso": espessura excessiva. Ex: uso de massa plástica para reparo de danos mais profundos.
  • "Repintura": espessura ligeiramente mais grossa. Ex: aplicação de novas camadas de tinta ou verniz.
  • "Bom": espessura está na média dos fabricantes nacionais.
  • "Muito fino": espessura menor que a média dos fabricantes nacionais. Ex: má preparação da superfície durante reparos.

Qual é o problema de comprar carro cheio de massa

A massa em si não é o problema, desde que o carro tenha sido bem consertado. O ponto é que, quanto mais restaurado estiver o carro, menor tende a ser o seu valor.

Mas o principal não está nem nessa questão. Dependendo da gravidade do incidente com o carro (que o tenha levado à funilaria), partes estruturais podem ter sido afetadas. Essa situação é a que mais derruba o valor do veículo e, dependendo, poderá até virar um veículo que não aceita seguro e cheio de ressalvas na documentação.

Ou seja, além de ferramentas como a caneta, é importante saber avaliar itens como dobradiças, alinhamento de peças, conservação de longarinas, etc. Isso pode ser realizado por profissionais de vistoria cautelar. O que faz a "caneta dedo-duro" ser tão atrativa é que, de forma simples e rápida, é possível começar a análise.

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