Chevette dos Flintstones: motorista pé no chão viraliza com buraco no piso
Todo clássico dura para sempre, ainda que aos "trancos e barrancos". O vídeo do "carro dos Flintstones" foi gravado já faz um tempo, mas nunca bombou tanto quanto ultimamente. Em tempos de TikTok e Reels, as redes sociais estão tomadas com o automóvel que, um dia, foi um Chevette. Para quem não assistiu ainda, as reações poderão ser as mais variadas.
Mas por trás de toda ferrugem e dos buracos na carroceria, há questões profundas a serem tratadas. Além do risco de tétano e de estragar a sola do sapato, quais seriam os outros perigos que esse condutor está se expondo (e aos outros)?
Assumindo que os componentes do carro estão tão deteriorados quanto a sua estrutura, partes importantes poderiam, simplesmente, se romper com a velocidade, vibração e com impactos contra o asfalto. Sabe-se lá se (ou como) o motorista chegou ao seu destino. Mas e quanto as leis de trânsito?
Trata-se da infração por conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, previsto no artigo 230 XVIII, do CTB. O dispositivo prevê penalidade de multa grave de R$ 196,23, além de 5 pontos no prontuário do proprietário e medida administrativa de retenção do veículo para regularização" Marco Fabrício Vieira, conselheiro do Cetran-SP e membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Contran.
- O artigo 270, parágrafo 2°, do CTB, prevê a possibilidade de liberação do veículo mediante recolhimento do certificado de licenciamento, para sanar a irregularidade em 30 dias.
- Segundo Marco, no caso do "Chevette dos Flintstones", não haveria a menor possibilidade de regularização pela falta de segurança.
- Veículo seria impedido de voltar a circular indefinidamente.
País das carroças?
Ainda que o carro todo enferrujado e esburacado chame atenção pelos pés do motorista que alcançam o chão, este é só mais um entre vários outros que se encontram em um estado para lá de irregular. É a caricatura perfeita do envelhecimento da frota circulante no Brasil.
A média de idade dos veículos em circulação é a mais elevada desde 1995, com dez anos e meio de uso, segundo levantamento realizado pelo Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Como se não bastasse, nos últimos três anos, o brasileiro perdeu 21% do seu poder de compra, segundo dados do IPC. Isso quer dizer que o que se comprava com R$ 1.000 na época, hoje é preciso desembolsar R$ 1.210.
Até mesmo quando vamos falar de carroças "da pesada", como o Chevette que circulava pelas ruas de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), é preciso desembolsar mais dinheiro. Era possível encontrar carros como ele abaixo dos R$ 1.000 há uns anos. Hoje em dia, é raro achar por menos de R$ 2 mil. Até as "carroças" subiram de preço, não só os usados e os zero km. Veremos até quando carros como esses continuarão circulando por aí.
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