Carro 2 em 1: juntar veículos cortados ao meio vira novo desafio nas redes
Têm circulado nas redes sociais vídeos de carros cortados ao meio que continuam rodando.
Até mesmo programas de TV têm feito ou já fizeram o "experimento".
Há, ainda, gente que cria "carros dois em um", que unem metades de veículos.
Nesse desafio, destacam-se os carros "duas caras": eles têm duas frentes, posicionadas em lados opostos.
Vamos concordar que é perigoso cortar um carro ao meio, mas os riscos são ainda maiores para dirigi-lo.
Nem sempre um projeto do tipo chega ao resultado que se espera.
Unir dois carros tem os seus desafios:
- Primeiramente, o ideal é usar veículos nos quais motor, câmbio, tanque e rodas motrizes estejam posicionados na mesma extremidade da carroceria
- Com a exceção do tanque, essa configuração predomina em carros com tração dianteira
- Contudo, automóveis com tração traseira, como o VW Fusca, também trazem esses componentes no mesmo lado do carro, exceto o tanque
- As informações nos tópicos acima valem para adaptações nas quais o carro roda para apenas um lado
- Existem projetos bem mais complexos: cada dianteira tem motor e câmbio próprios
- Se a ideia for de simplesmente cortar o automóvel ao meio e rodar com ele, a escolha mais fácil seria de um modelo com tração dianteira, por motivos óbvios
- Nesse caso, provavelmente seria necessário reposicionar o tanque de combustível, que costuma ficar na parte traseira
Gambiarra, claro, é ilegal
Quem tentar rodar com um carro cortado ao meio vai se dar mal com as autoridades.
E, para legalizar um veículo "duas caras", o processo não é simples e exige até vistoria e mudança no documento.
Conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, é infração prevista no Código de Trânsito Brasileiro. A penalidade é multa grave de R$ 196,23, além de cinco pontos no prontuário do proprietário e medida administrativa de retenção do veículo para regularização", Marco Fabrício Vieira, membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Contran (conselho Nacional de Trânsito).
Vieira acrescenta que a legislação, nesse caso, prevê a liberação do veículo, mediante recolhimento do certificado de licenciamento, para que o proprietário resolva a irregularidade em até 30 dias.
Segundo Marco, não haveria a menor possibilidade de regularização de um carro cortado ao meio por falta de segurança.
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