Aplicativo confirma Elize Matsunaga como motorista: 'ela tem boa avaliação'
A empresa Maxim confirmou hoje o cadastro de Elize Matsunaga como motorista da plataforma e explicou que não exige antecedentes criminais para o cadastro, como fazem outros apps. Na verdade, são checados apenas a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o documento do veículo e o estado do carro.
Não exigimos antecedentes criminais e, no que diz respeito à Elize, ela tem boa avaliação entre os passageiros, e não há nenhuma reclamação em seu nome.
Maxim, em nota oficial
No fim da tarde, a Maxim enviou um novo comunicado, dizendo que o fato de Elize estar em livramento condicional ou eventual cumprimento de pena em regime aberto "não deve ser um impeditivo de que a mesma possa trabalhar", porque o direito ao trabalho está previsto na Constituição Federal e a empresa "acredita na ressocialização do indivíduo". Segundo a nota, Elize começou a trabalhar com a plataforma em 2023.
Ontem, usuários de aplicativos de transporte expuseram nas redes sociais o cadastro de Elize, com o nome de solteira, Elize Araújo Giacomini, dirigindo um Honda Fit, e com avaliação de 4,8. A informação inicial era de que ela dirigia em três plataformas, mas até o momento somente a Maxim confirmou, enquanto Uber, 99 e InDrive negaram que ela esteja entre os motoristas cadastrados.
A reportagem também entrou em contato com os defensores de Elize, que não se pronunciaram sobre o assunto. Também foram procurados serviços alternativos de transporte que atuam na região. Em caso de nova resposta, este espaço será atualizado.
O MPSP (Ministério Público de São Paulo) ressaltou que o "sistema de execuções penais tem como uma de suas principais características a progressividade dos regimes de cumprimento da pena" e que, por isso, "incentiva o trabalho dos sentenciados". Para o órgão, desde que respeitadas as condições impostas a cada caso, e atuando em atividades lícitas, o trabalho "pode evitar a reincidência criminal e proporcionar a sua harmônica reintegração social".
Em liberdade condicional desde o ano passado, Matsunaga foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão por matar e esquartejar o marido, então presidente da Yoki, Marcos Matsunaga, em 2012. Ela cumpriu regime fechado no presídio de Tremembé (SP) por 10 anos. Quando deixou a cadeia, afirmou acreditar que Marcos já a perdoou por tê-lo assassinado.
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