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Como é o rival do Uber que tem Elize Matsunaga como motorista de app

Reprodução / Ullisses Campbell
Imagem: Reprodução / Ullisses Campbell

Do UOL, em São Paulo

01/03/2023 04h00

Elize Matsunaga voltou à mídia nas últimas semanas após divulgação de que estaria trabalhando como motorista de aplicativo da plataforma Maxim na cidade de Franca (interior de SP), fato comprovado pela própria empresa ao UOL Carros.

Criada há 20 anos, a Maxim atua em diversas cidades espalhadas pelo Brasil e surge como alternativa - e rival - de plataformas mais conhecidas como Uber e 99.

Como funciona a Maxim

  • É uma empresa de tecnologia internacional que desenvolve o aplicativo para pedidos de viagens e entregas.
  • Pedidos podem ser feitos não apenas para si mesmo, mas também para outras pessoas. Para isso, é preciso indicar o número de telefone nos comentários.
  • Sua sede fica em Recife (PE) e possui filiais em mais de 40 cidades espalhadas pelo Brasil.
  • O aplicativo está disponível para dispositivos móveis nas plataformas Android e iOS.
  • A empresa dispõe de benefícios para os registrados. A taxa é de 15% de cada pedido para carros e motos que não possuem adesivos de propaganda do app, mas é menor quando se usa a propaganda da marca, indo para 10% para carros que usam adesivo na janela traseira, e diminuindo para 5% quando os adesivos da Maxim são utilizados em todo o veículo.
  • Para motos também há vantagens, adquirindo a bolsa de transporte ou a camisa de manga longa, a taxa também cai para 5%.

Maxim não exige antecedentes

A própria empresa confirmou que não exige antecedentes criminais para o cadastro, como fazem outros apps. Na verdade, são checados apenas a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o documento do veículo e o estado do carro.

No caso de Eliza, utiliza um Honda Fit ano/modelo 2012 e sua nota na plataforma é 4,8 - bem próxima da avaliação máxima possível (5).

Além disso, a Maxim afirma que o fato de Elize estar em livramento condicional ou eventual cumprimento de pena em regime aberto "não deve ser um impeditivo de que a mesma possa trabalhar", porque o direito ao trabalho está previsto na Constituição Federal e a empresa "acredita na ressocialização do indivíduo".

A reportagem procurou, também, o MPSP (Ministério Público de São Paulo), que ressaltou que o "sistema de execuções penais tem como uma de suas principais características a progressividade dos regimes de cumprimento da pena" e que, por isso, "incentiva o trabalho dos sentenciados".

Para o órgão, desde que respeitadas as condições impostas a cada caso, e atuando em atividades lícitas, o trabalho "pode evitar a reincidência criminal e proporcionar a sua harmônica reintegração social". Já a defesa de Elize não retornou o contato da reportagem.

Nova investigação

Elize Matsunaga no documentário do Netflix - Divulgação/Netflix - Divulgação/Netflix
Elize Matsunaga no documentário do Netflix
Imagem: Divulgação/Netflix

Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, mais conhecido pelo apelido de "Capitão Derrite", afirmou em suas redes sociais que policiais civis do DEINTER 7, da região de Sorocaba, identificaram que Elize usava documento falso sobre seus antecedentes criminais para ser empregada em empresa de construção civil em Sorocaba (SP). Isso resultou na instauração de inquérito policial.

De acordo com o jornal O Globo, Elize foi detida anteontem (27) enquanto trabalhava. Em depoimento, ela negou ser autora da falsificação ou ter usado tal documento.

Elize foi condenada a 16 anos e três meses de prisão pelo assassinato, esquartejamento e ocultação de cadáver do seu marido, o empresário Marcos Matsunaga, morto em maio de 2012.

Após sete anos em regime fechado e mais três no semiaberto, Elize deve cumprir os seis últimos fora da prisão. Ela já está prestes a completar um ano em regime aberto.

A primeira revelação da nova atividade da ex-presidiária foi relevada no perfil do Instagram @mulheresassassinas, em publicação do jornalista e escritor Ullisses Campbell - autor do livro "Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido" (Matrix Editora).

Paralelamente ao trabalho como motorista, ela também comercializa produtos para animais de estimação.

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