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Fuja do jeitinho: 4 serviços que borracheiro te oferece e você deve recusar

Fernando Pedroso

Colaboração para o UOL

27/03/2023 12h00

Pneu furou. Normal, é fácil de trocar estando com o estepe e as ferramentas adequadas em ordem no porta-malas (ou em baixo do carro, como em alguns carros). Se não souber como faz, o manual ensina. Ou chama o seguro, caso tenha esse serviço no pacote.

Mas, depois de trocado, o pneu furado terá que ser consertado - e é nessa hora que o motorista procura a borracharia mais próxima. Só que nem sempre o serviço feito é o recomendado pelos especialistas.

Veja os maiores erros cometidos pelas borracharias e que você deve impedir que seja feito.

1 - Uso do "macarrão"

A primeira coisa que o borracheiro vai procurar é o furo, arrancar o objeto que o causou e fazer o reparo. Mas muitos usam o "macarrão", uma espécie de corda de borracha que é encaixada com uma agulha para preencher o buraco.

"O pneu só pode ser recuperado caso tenha um furo na área da banda de rodagem e não maior do que 5 mm. O único tipo de reparo que recomendamos é do tipo 'plug'. Os usuais 'macarrões' ou até mesmo do tipo 'manchão' não são recomendados", diz Roberto Falkenstein, consultor da área de tecnologias inovativas da Pirelli.

2 - Desmontar a roda com ferramentas inadequadas

As grandes borracharias possuem equipamentos próprios para tirar o pneu da roda, mas algumas ainda não. "E é aí que mora o problema. Se um borracheiro utiliza espátulas ou pé-de-cabra para fazer o desmonte, isso pode quebrar o talão do pneu, o que inutiliza a peça", explica Falkenstein.

"Se ainda assim o borracheiro montar este pneu com o talão danificado, isso poderá ocasionar um acidente sério, pois a probabilidade de o pneu ter uma súbita perda de pressão ou estouro é grande", diz.

3 - Uso de fogo

Quem acompanha as redes sociais de vídeos curtos já deve ter visto algumas exibições de profissionais que, para encaixar o pneu na roda, joga um spray inflamável e, em seguida, ateia fogo. Parece mágica, mas não é e também não é recomendado pelas fabricantes.

"Além de ser muito perigoso, pode trazer problemas estruturais ao pneu, pois envolve gases ou líquidos que agridem a borracha, sem contar, claro, a ação do fogo", afirma o executivo da Pirelli.

4 - Ressulcamento

Quando o pneu chega ao fim de vida, ao invés de descartar, alguns proprietários de veículos resolvem economizar dando alguns quilômetros (perigosíssimos) a mais para as peças.

"Há borracheiros que fazem o ressulcamento dos pneus, o que é uma prática proibida e extremamente insegura, considerando que um pneu que alcança o TWI, já chegou ao fim de sua vida útil", diz Falkenstein.

O ressulcamento é normalmente um corte feito com ferramentas que aprofundam os sulcos já rasos dos pneus desgastados. A prática é perigosa pois afina ainda mais a banda de borracha acima da manta metálica dos pneus.

A marca TWI citada por Falkenstein é uma pequena lombada no fundo dos sulcos que indicam o desgaste das peças. Quando a borracha chega próximo a essa marcação, é sinal de que já é hora de trocar por pneus novos.

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