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Novos airbags mortais? EUA exigem recall de 67 milhões de unidades

Foto: Shutterstock
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Colaboração para o UOL

16/05/2023 15h22

A NHTSA, agência de segurança viária dos Estados Unidos, pediu o recall de 67 milhões de insufladores de airbags por acreditar que uma falha de segurança pode ferir ou até matar pessoas. A fornecedora ARC Automotive Inc, no entanto, rejeitou o pedido.

Insufladores de airbag que projetam fragmentos de metal nos ocupantes do veículo, em vez de inflar adequadamente o airbag acoplado, criam um risco irracional de morte e ferimentos" NHTSA em carta à empresa

O que aconteceu

Airbags da ARC são usados em carros de GM, Stellantis, BMW, Hyundai e Kia.

Até o momento, apenas a GM concordou em fazer o recall de um milhão de unidades após uma ruptura de airbag ter ferido um motorista em março.

Foram chamadas 994.763 unidades dos modelos Buick Enclave, Chevrolet Traverse e GMC Acadia fabricados entre 2014 e 2017.

ARC rejeitou o pedido da NHTSA dizendo que ele se baseia em sete rupturas nos Estados Unidos. A empresa disse que continuará trabalhando com a agência e as montadoras para avaliar as rupturas.

As 67 milhões de peças sob suspeita foram feitas para o mercado norte-americano e usadas em 12 marcas diferentes.

As primeiras investigações da NHTSA foram em 2015 após dois ferimentos ocasionados pelo problema. Em 2016, um motorista de um Hyundai morreu após um acidente no Canadá. A morte teria sido causada pelo airbag.

'Airbags mortais' da Takata causaram 30 mortes

O caso da ARC remete ao recall da Takata, que teve mais de 100 milhões de airbags afetados, e número superior a 30 mortes e mais de 320 feridos no mundo todo. Também foi o maior da história da indústria automobilística no Brasil.

Levantamento feito pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) aponta que aproximadamente 3,5 milhões de veículos saíram de fábrica com as bolsas infláveis defeituosas.

A marca com mais unidades afetadas é a Toyota, pelo cálculos oficiais. São mais de 1,76 milhão de veículos. A Honda tem 1,44 milhão de unidades convocadas.

No Brasil, ao menos duas pessoas morreram, um motorista de um Honda Civic em janeiro de 2020 e um policial civil que dirigia um Chevrolet Celta em julho do mesmo ano. Foram ao menos 40 explosões acidentais de airbags no país.

O defeito, na ocasião, também foi no insuflador. Com a falha, a explosão é forte demais, quebrando a peça e arremessando estilhaços de metal contra os ocupantes do veículo, causando ferimentos que podem ser fatais.

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