Por que carros atuais amassam muito mais e isso é uma boa notícia
Acidentes envolvendo carros antigos e novos sempre levantam debate sobre a durabilidade dos carros atuais. Normalmente, nesses casos, o "velhinho" é exaltado por permanecer inteiro, enquanto o moderno aparece todo amassado. Um vídeo que circulou nas redes sociais em 2023 mostra uma batida entre um Chevrolet Spin e um Opala. Enquanto a minivan teve estragos severos em sua dianteira, o sedã dos anos 80 só teve uma lanterna quebrada.
"Vai dizer que carro antigo não presta? Olha o carro que eu estava, amassou tudo", disse a mulher que gravava a cena em Petrolina (PE). Mal ela sabe a sorte que teve em estar no carro mais novo.
Carros modernos possuem o que é chamado de célula de sobrevivência. As estruturas em torno da cabine, onde vão as pessoas, são feitas de aços mais resistentes, enquanto frente e traseira são projetadas para deformar.
Com a tecnologia que tinha na época, o carro era inteiro um compartimento de segurança. Em compensação, cada batida que você dava, era jogado contra o para-brisa. No caso do Opala, em uma batida de frente, o risco de condutor e passageiro voarem pelo para-brisa era enorme.
Carro antigo x novo
A parte dianteira, onde normalmente fica o motor, e a traseira, que abriga o porta-malas, entorta em um acidente, cedendo para absorver o impacto e preservar a célula de sobrevivência.
Para que aconteça isso, os carros modernos são feitos de materiais diferentes, com aços mais maleáveis onde as batidas serão absorvidas e mais resistentes nos locais em que deve proteger as pessoas que ocupam o veículo.
Além disso, carros modernos seguem regras mais rígidas de segurança. No Brasil, já são obrigatórios cintos de segurança de três pontos em todos os lugares, freios ABS e airbags duplos, sendo que grande parte dos modelos à venda no país hoje já oferecem bolsas laterais de série e de cortina como opcionais.
Fonte: Pedro Luiz Scopino, responsável técnico da Scopino Auto Club
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