Presidente da Anfavea diz que carros zero km poderão baixar dos R$ 60 mil
Após o anúncio feito por Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, comentou sobre o corte de impostos sobre a indústria automotiva.
Leite disse que o diálogo foi "bom" e que carros abaixo de R$ 60 mil deverão se tornar realidade novamente, diante dos números que foram apresentados na coletiva de hoje. "Sobre o preço, cada montadora tem sua política. Com as reduções tributárias em discussão e o esforço conjunto de todo setor, é bem possível que tenhamos queda nos preços", disse.
Segundo Alckmin, o governo dará descontos em tributos como IPI, PIS/Cofins, em desconto que variará entre 1,5% e 10,96% no valor final do veículo. A medida será válida apenas para carros abaixo de R$ 120 mil e terá tempo limitado - período não foi anunciado.
Para Leite, o ideal é que dure pelo menos um ano. Assim, a produção e os investimentos da indústria automobilística poderão aumentar dos 50% de capacidade atuais.
"Ao que nos pareceu, o ministro da Fazenda está fazendo as contas para identificar se a validade da Medida Provisória se dará por um ano, seis meses, dois meses, quatro meses. O tempo é fundamental para falar do tamanho da renúncia. Em princípio, entendemos que o ministério discute o tempo, não o conceito", segundo o presidente da Anfavea.
Como se não bastasse, ele disse, ainda, que os veículos nos showrooms das concessionárias não estarão de fora, além de que a medida será importante para evitar greves. Quanto aos impactos ambientais, Leite afirma que a renovação da frota, decorrente das medidas, terá papel fundamental, uma vez que "o carro usado emite 23 vezes mais que o novo", finaliza.
A iniciativa ainda passará pela análise do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes de ser implementada. "Temos responsabilidade fiscal. A Fazenda pediu até 15 dias para dar seu parecer. A partir daí poderemos fazer a medida provisória", disse Alckmin.
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