Por que motor da Toyota mostra que não precisamos de carros elétricos
Enquanto muita montadora já vê o futuro dominado por veículos elétricos, outras pensam em alternativas e até o etanol já é falado por algumas como forma barata e verde de se produzir combustível.
Algumas, como a Toyota, não desistiram de uma terceira opção: o hidrogênio. O gás é utilizado para gerar energia elétrica para um motor usando uma célula de combustível.
A tecnologia já existe e é vendida no Japão, na Europa e nos Estados Unidos com o Mirai. Por um lado, o carro não emite poluentes e usa uma bateria pequena, de 1,2 kWh —eliminando assim um problema de produção de baterias grandes, que exige uma grande exploração de lítio ao redor do mundo.
Por outro lado, o hidrogênio é um gás difícil de ser armazenado, que é feito ou comprimindo a pressões que superam a pressão atmosférica em 700 vezes ou resfriando a 253ºC negativos. Além disso, ou é produzido localmente ou em grandes usinas e transportado por pesados e poluentes caminhões.
Mas como funciona?
O Toyota Mirai utiliza três cilindros que somados têm 5,6 kg de hidrogênio armazenados sob alta pressão. A autonomia com a carga cheia é de 643 km.
O hidrogênio é enviado para a célula de combustível, que fica no lugar onde tradicionalmente é o motor do carro.
Ali o gás reage com o oxigênio e é transformado em corrente elétrica.
O oxigênio é coletado através da grade frontal, que se junta ao hidrogênio e forma água, que sai pelo escapamento.
A água é o único produto a sair do carro, o que pode gerar um inconveniente ao deixar rastros e poças. Mas é só água.
O carro depende de uma rede de postos de hidrogênio, que são caros de serem implementados.
Segundo o departamento de energia dos Estados Unidos, são cerca de 60 postos concentrados no estado da Califórnia, principalmente nas cidades de Los Angeles, São Francisco e Sacramento.
Na Europa, segundo a H2 Stations, são 254 postos. Em todo o Reino Unido, no entanto, são apenas 17 pontos de abastecimento.
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