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Veja quais são os 5 pedágios mais caros do Brasil por distância percorrida

Pedágio da Rodovia dos Imigrantes, em SP, é o mais caro do Brasil, mas cobrança da tarifa é feita em apenas um dos sentidos - Avener Prado/Folhapress
Pedágio da Rodovia dos Imigrantes, em SP, é o mais caro do Brasil, mas cobrança da tarifa é feita em apenas um dos sentidos Imagem: Avener Prado/Folhapress

Jainara Costa

Colaboração para o UOL

11/06/2023 04h00Atualizada em 13/06/2023 12h22

Os motoristas pagam um valor alto por pedágios em rodovias administradas por concessionárias no Brasil

Em maio do ano passado, foi feito mais um reajuste no valor no valor médio nacional, que passou de R$ 18,80 para 21,70 nas principais praças de pedágio do país.

Já nas praças auxiliares, o reajuste foi de R$ 13,10 para R$ 15,20.

Segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), fica em São Paulo o trecho do pedágio mais caro do Brasil administrado por concessionária, considerando o custo por distância percorrida.

Trata-se do sistema formado pelas rodovias dos Imigrantes (SP-160) e Anchieta (SP-150), que ligam a capital paulista com o litoral do Estado.

Hoje, o valor cobrado para os veículos que circulam nesse trecho, sob responsabilidade da concessionária empresa Ecovias. é de R$ 27 para cada 100 km rodados,.

Veja os pedágios de concessionárias mais caros do Brasil

Sistema Anchieta-Imigrantes, em São Paulo: R$ 27 a cada 100 km

Rodovia Castelo Branco e Raposo Tavares, em São Paulo: R$ 24 a cada 100 km

Trecho Rio-Teresópolis, no Rio de Janeiro: R$ 22 a cada 100 km

Rodovia Bandeirantes e Anhanguera, em São Paulo: R$ 17 a cada 100 km

Trecho da Via Lagos, a RJ-124, no Rio de Janeiro: R$ 15 a cada 100 km

Preço do pedágio varia de acordo com trecho

O valor do pedágio pode mudar de acordo com o trecho

O valor arrecadado nos postos de pedágio, em tese, é direcionado para a manutenção e melhorias dos trechos privatizados

Essas melhorias deveriam incluir mais segurança, guincho e atendimento médico 24 horas. Contudo, nem sempre isso acontece

Novo modelo de concessão?

Em nota, o Ministério dos Transportes afirma que pretende definir um novo modelo de concessão de rodovias para a iniciativa privada, com o foco em reduzir o valor do pedágio no país.

O objetivo, segundo a pasta, é garantir tarifas mais baixas ao consumidor e, ainda assim, captar os investimentos necessários para a manutenção e a ampliação das estradas.

"Um exemplo é o edital do Lote 1 do sistema rodoviário do Paraná, que prevê um leilão por menor tarifa, não havendo necessidade de pagamento de aporte, até 18%. Acima desse percentual, a contribuição será necessária. O investimento por menor tarifa exige, por exemplo, que o recurso seja usado na própria concessão para assegurar a execução das obras ao longo da rodovia, com pedágios mais baratos aos usuários", complementa o ministério.

Concessionária justifica preço

Responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, a concessionária Ecovias justifica o pedágio mais caro do Brasil.

Por meio de nota, a empresa afirma que as tarifas de pedágio aplicadas no sistema "seguem as regras estabelecidas no contrato de concessão e são determinadas por meio da Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo).

A concessionária acrescenta que os reajustes são publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Para se chegar ao valor da tarifa cobrada, continua a Ecovias, multiplica-se a BTQ (Base Tarifária Quilométrica), que corresponde a um valor fixo por quilômetro, pelo trecho de cobertura associado de cada praça de pedágio.

"Dessa forma, considerando concessões paulistas licitadas no mesmo período no Estado de São Paulo, o usuário paga exatamente a mesma tarifa por quilômetro", destaca.

Ainda de acordo com a Ecovias, a diferença nos valores cobrados está no trecho de cobertura de cada praça e na forma como a cobrança é feita, seja nos dois sentidos ou em apenas um.

"No caso do Sistema Anchieta-Imigrantes, ela é cobrada uma única vez e apenas em um único sentido, unificando os trecho de descida e subida em uma única tarifa, enquanto em outras concessões a cobrança é feita nos dois sentidos e com maior quantidade de praças de pedágio".

Pedágio Free Flow

No final do mês de março, foi implementado o free flow, novo modelo de pedágio sem paradas, com pagamento automático, administrado pela concessionária CCR e localizado na BR-101 (Rio-Santos).

A novidade está presente em três pórticos instalados na rodovia: Mangaratiba (km 477), Itaguaí (km 414) e Paraty (km 538).

O valor do pedágio varia de R$ 4,10 (de 6h de segunda-feira às 18h de sexta-feira) a R$ 6,80 (fins de semana) e a cobrança é feita através de tags nos carros, de empresas como ConectCar, Sem Parar e Veloe.

A cobrança da tarifa também pode ser feita através da leitura da placa do carro, uma alternativa para quem não tiver nenhuma tag instalada.

Nesse caso, o motorista precisa realizar o pagamento por outros meios, como o site e o aplicativo da CCR RioSP para dispositivos móveis.

Existe, ainda, a opção via WhatsApp, por meio do telefone (11) 2795-2238 - nesse caso, o pagamento deve ser realizado em um prazo de até 15 dias corridos.

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