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Acidente a 180 km/h: quem era o empresário que morreu após bater Mercedes

Do UOL, em São Paulo

13/06/2023 04h00

Decisão unânime da 1ª Càmara Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina isentou a seguradora Sompo da obrigatoriedade de pagamento de seguro ao empresário morto no acidente do Mercedes-Benz AMG GT C a mais de 180 km/h na BR-101 em Biguaçu, na Grande Florianópolis (SC), em 2020.

O empresário em questão era Roberto Angeloni, natural de Criciúma (SC), filho de Antenor Angeloni, fundador da rede de supermercados Angeloni e ex-presidente do Criciúma Esporte Clube.

Falecido aos 51 anos, ocupava, na época, o cargo de gerente de operações da rede, segundo comunicado que a empresa havia emitido na época do incidente. O grupo também atua com farmácias, postos de combustíveis e centros de distribuição de mercadorias.

Segundo vídeo publicado pela ex-madrasta de Roberto, o empresário tinha forte ligação com ela e com Antenor. Ainda segundo a mulher, após se encontrarem em Criciúma, ele partiu com o seu Mercedes rumo a Curitiba (PR), onde vivia. Entretanto, no meio do trajeto, em uma manhã de domingo (dia 28 de junho), o acidente ocorreu.

Roberto Angeloni - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

O executivo chegou a presidir o grupo entre 2003 e 2008, com relatos de que, aos 10 anos de idade, já ajudava o pai na gestão da Angeloni. Era graduado em administração na Esag-Udesc com MBA em administração global na Universidade Independente de Lisboa. Não era casado e não tinha filhos.

Como foi o acidente

A velocidade da via naquele trecho era de 80 km/h. Segundo a perícia, a batida teria ocorrido a mais de 180 km/h, mas antes o empresário estaria a pelo menos 221 km/h

Durante o acidente, uma Ford Ranger com dois ocupantes foi atingida. Nada ocorreu com o motorista, mas a passageira sofreu ferimentos leves

Testemunha do acidente havia relatado que viu as quatro rodas do Mercedes se desprenderem do chão e, assim, o veículo levantou voo

O valor da causa é de R$ 1.103.373 em danos materiais (referentes ao carro)

Atualmente, segundo a tabela Fipe, o valor de um exemplar 2019 (o mais antigo possível) é de R$ 1.816.115

O Mercedes acidentado acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos e alcança a velocidade máxima de 316 km/h. É equipado com motor V8 biturbo, de 557 cv e 69,3 kgfm

Na época, do acidente, o UOL havia informado que, de 2016 a 2019, o motorista foi autuado 21 vezes por excesso de velocidade

"O sinistro ocorreu em plena luz do dia, com céu limpo, pista seca e visibilidade ampla, sem cerrações, fumaça ou outras condições desfavoráveis. O pavimento asfáltico, embora antigo, não apresenta deteriorações, apenas um defeito de geometria chamado 'salto de deflexão', que pode ter contribuído para a perda do controle do veículo sinistrado e início do processo de derrapagem", diz a decisão que negou o pagamento da indenização do seguro da vítima.

[O veículo] alterou a trajetória para a esquerda e, ao manobrar abruptamente para a direita, perdeu o controle de direção, iniciando processo de derrapagem, colidindo lateralmente com uma caminhonete que transitava pela faixa de rolamento ao lado, no mesmo sentido da via, posteriormente, com uma caixa de alvenaria para medidor de energia e, por fim, contra um poste, quando o veículo se partiu em dois"

UOL Carros tentou contatar responsáveis pelo espólio de Roberto Angeloni, mas até agora não obteve retorno.

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