'Fuga' das montadoras: para onde foram as empresas que saíram do ABC?
O ABC, na região metropolitana de São Paulo, é conhecido como o berço da indústria automotiva no Brasil. Durante as décadas de 1950 a 1970, quase todas as fábricas de veículos instaladas no país estavam localizadas nessa região.
Apesar da localização estratégica e boa malha rodoviária para atrair e manter as montadoras, a região tem sido impactada pela fuga das empresas automotivas.
Afinal, para onde foram as montadoras que saíram do ABC?
A Bridgestone iniciou programa de demissão voluntária em maio deste ano com 500 funcionários na fábrica de Santo André (SP) e transferiu sua produção de pneus para carros e caminhonetes para Camaçari (BA).
Já a Toyota decidiu transferir as atividades de São Bernardo para suas linhas mais recentes em Indaiatuba, Porto Feliz e Sorocaba, no interior paulista, com a justificativa de buscar mais "sinergia" e competitividade no mercado local.
Além de São Bernardo, a Ford também encerrou as atividades em Taubaté (SP) e Camaçari (BA) e não se instalou em nenhum novo lugar, já que a Oval Azul encerrou suas operações de manufatura em solo brasileiro.
Fenômeno começou nos anos 1990
Desde os anos 1990, montadoras que ainda não produziam no Brasil já preferiram se instalar fora do ABC Paulista, enquanto marcas já instaladas aqui também decidiram erguer novas fábricas em outros locais. As principais motivações eram os incentivos fiscais e a busca por mão de obra mais barata.
Toyota e Honda foram para o interior de São Paulo; Renault e Volkswagen construíram linhas em São José dos Pinhais (PR); General Motors escolheu Gravataí (RS) para fazer o Chevrolet Onix; Nissan e Peugeot/Citroën selecionaram respectivamente, Resende e Porto Real. no Rio de Janeiro; Jeep elegeu Goiana (PE); e muito antes, lá nos anos 1970, Fiat preferiu Betim (MG) para dar início à sua atividade industrial no Brasil.?
*Com reportagens publicadas em 10/05/2023 e 11/04/2022
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