BYD Dolphin: como anda o novo hatch elétrico chinês lançado no Brasil

A BYD lançou hoje o Dolphin, que chega ao mercado com tamanho maior para encarar rivais subcompactos como Kwid E-Tech, iCar e E-JS1 - com melhor custo-benefício disparado. O UOL Carros já teve a chance de dirigir a novidade - e as primeiras impressões pesam a favor do modelo que custará R$ 149.800.

Ao volante, podemos perceber como a ergonomia, o espaço interno e a parte de acabamento (tem materiais sensíveis ao toque na frente e atrás) são primorosos. O salto em relação aos subcompactos elétricos é bem considerável.

Outro ponto que chama atenção é a autonomia de mais de 400 km, compatível com modelos de categorias superiores, que são equipados com baterias maiores. O foco na economia de energia é evidente quando testamos as suas acelerações. Não é um carro tão veloz, ainda que a sua resposta seja bem direta ao pisar no pedal do acelerador no modo 'Sport'.

A condução também é precisa, com centro de gravidade baixo. Ainda assim, a suspensão privilegia mais a maciez em detrimento do comportamento mais afiado durante as curvas. Os bancos com estofamento de couro perfurado têm estilo concha, que proporcionam mais firmeza.

Recurso interessante, mas que não funcionou para todas os comandos sugeridos dentro da própria multimídia, é o comando de voz. Com ele, podemos ordenar que o sistema regula algumas funções (entre as que conseguimos fazer funcionar, é a da climatização).

Aliás, falando na multimídia, por algum motivo, no Dolphin a resolução e o processamento dela são muito melhores do que no seu "irmão" Song Plus, por exemplo - que compartilha exatamente o mesmo componente. Desta vez, mesmo sob sol forte, a imagem não ficou escurecida e ofuscada.

Interessante é utilizar as câmeras 360º, tanto durante as manobras, quanto com o carro em movimento. Além de saber qual a distância exata do objeto que se aproxima do veículo, é possível avaliar qualquer buraco, lombada ou valeta no caminho. Além disso, noções de espaço e distância em relação às guias das calçadas também deixam de ser pontos desafiadores na direção.

Detalhes do Dolphin

Tamanho: tem pouco mais de 4 metros de comprimento (colocando-o em uma seara parecida de tamanho com VW Polo, Peugeot 208 e outros). O Dolphin é construído sobre a moderna e-platform 3.0, com as baterias Blade, de produção exclusiva da BYD.

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Equipamentos: estreias na categoria como câmeras e sensores frontais, laterais, traseiras e 360º, piloto automático, central multimídia rotativa de 12,8 polegadas com conectividade para smartphones, entre outros. Pelo BYD App, todos os dados e comandos do carro podem ser verificados à distância.

Painel minimalista tem tamanho reduzido com suas 5 polegadas. De todo modo, permitem uma visualização boa e facilitada das informações de bordo.

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Imagem: Divulgação

Golfinho: nome se deve à "estética marinha" presente em partes como a antena estilo barbatana de tubarão, curvas fluidas, cores "marítimas", maçanetas internas que parecem com as barbatanas do golfinho, perfurações no painel que parecem guelras, entre outros atributos.

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Desempenho: motorização elétrica entrega 95 cv e 18,4 kgfm, a partir de 44,9 kWh. Assim, acelera até 100 km/h em 10,9 segundos, com máxima de 160 km/h.

Recarga: segundo a marca, de 30% a 80%, leva apenas 30 minutos em aparelhos do tipo rápido, com 60 kW. Os números sobem para 6,8 horas em 3,3 kW ou 3,5 horas com 7 kW. Como se não bastasse, o carro serve de fonte de energia para qualquer equipamento eletrônico que necessita ser plugado na tomada.

Autonomia: no ciclo PBE faz 291 km, com 0,42 mJ/Km, ou 11 centavos por km rodado. Mas nos nossos testes pudemos passar dos 400 km apenas em uso urbano.

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