'Melhor Corolla de todos' chega ao Brasil e será para poucos; veja detalhes
A Toyota usou o Festival Interlagos, evento com ares de 'novo Salão do Automóvel', para apresentar oficialmente aos jornalistas o GR Corolla, hatch esportivo que vai rivalizar com o Honda Civic Type R no Brasil e que tem tudo para ser o 'melhor de todos os Corollas' já lançado por aqui.
Disponível em duas versões (Core, de R$ 416.990 e , Circuit, de R$ 461.990), é inédito pelo fato de que, primeiramente, não é um sedã ou um SUV (as duas carrocerias que, até o momento, são comercializadas no Brasil), tem o desempenho como atributo principal - e igualmente inédito. São 99 unidades e as primeiras já estão no Brasil (sempre importadas do Japão).
Ao todo cerca de 40 unidades já estão no país. Segundo a Toyota, mais de 99 compradores estão na fila e a marca já tenta trazer mais ao país.
Como é o GR Corolla
O que muda entre as versões: topo tem head up display, alerta de ponto cego, carregador por indução e teto de fibra de carbono. Entretanto, a aparência e o desempenho de ambos são similares, e têm tudo para apagar qualquer imagem ou brincadeira sobre 'carro de tiozão' do irmão sedã.
Motorização: sob o capô, o GR Corolla oferece um propulsor 1.6 turbo de três cilindros, apenas gasolina, que rende 305 cv a 6.500 rpm e 37 kgfm entre 3.000 e 5.550 rpm. Na base, é o mesmo motor que equipa a versão esportiva Yaris GR, do hatch compacto. A diferença é que no Corolla ele ganhou mais potência e torque com uma nova calibração, mais agressiva, já que o carro também é maior. No Yaris são 270 cv e 36,7 kgfm desenvolvidos pelo mesmo conjunto.
Transmissão: como no Yaris, o foco da Toyota é trazer um esportivo "raiz". Por isso, a empresa japonesa, tão conhecida por jogar câmbio automático CVT em tudo que pode por aqui, optou pelo completo oposto ao adotar uma transmissão manual de seis marchas.
Tração: A potência é entregue nas quatro rodas e pode ser ajustada eletricamente para dividir entre 60/40, 50/50 ou 30/70. Ou seja, é possível que este hatch tenha mais tração dianteira, seja equilibrado entre os dois eixos, ou tenha mais tração na traseira.
Mais leve: A Toyota não se preocupou apenas em colocar muita potência dentro do cofre do motor, mas de otimiza-la aliviando peso. Por isso, o GR Corolla tem capô e painéis das portas dianteiras de alumínio. Isso foi feito porque, para receber o sistema de tração integral (4x4 sob demanda), o carro ficou 85,7 kg mais pesado do que o Corolla hatch convencional, que é vendido no exterior. Para os engenheiros que tiveram o prazer de envenenar o modelo, toda a ajuda para redução de peso é bem-vinda.
Mais resistente: Produzido sobre a plataforma TNGA-C, que é a modular para os carros da marca, o GR Corolla tem mais pontos de solda na carroceria e uso de adesivo estrutural (sim, algumas partes do seu carro são ligadas por um adesivo). Com isso, a marca aumentou a rigidez estrutural do modelo.
Suspensão: é independente nos dois eixos, McPherson na frente, e multilink atrás. O sistema foi melhorado com barras estabilizadoras e amortecedores com molas integradas (coilover) e diferencial de escorregamento limitado.
Freios: a Toyota ainda apostou em modelos a disco ventilados nas quatro rodas. Na frente, eles têm 356 mm de diâmetro e na traseira 297 mm, ou o equivalente a 14" e 11,7", respectivamente. Com um kit de carroceria com alargadores de rodas, para-choque com difusor e três saídas de escape integradas e na dianteira a grade em formato de colmeia, o carro é tão agressivo quanto poderia.
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Quero receberOs alargadores são responsáveis por cobrir as rodas de 18 polegadas que usam pneus de medida 235/40R18 e tem entradas de ar funcionais dispostas na parte frontal.
Interior
Por dentro a Toyota não ousou. O carro é simples, funcional, mas bem equipado. Os bancos esportivos são o que há de mais chamativo ao lado do símbolo "GR" grafado no volante e no painel de instrumentos virtual de 12,3".
Toyota também investiu em segurança, como fez com a linha 2023 de Corolla e Corolla Cross aqui no Brasil. O GR Corolla traz o Toyota Safety Sense 3.0, que inclui frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão frontal e detecção de pedestres, alerta de saída de faixa com correção no volante e assistente de centralização de faixa.
Esse último serve para, mesmo quando se está dentro da faixa de rodagem, manter o carro totalmente centralizado, é o sistema que o Honda City trouxe na nova geração na versão mais completa Touring.
Mais equipamentos: a lista conta ainda com farol alto comutável, leitor de placas, controle de velocidade adaptativo, o ACC, e o lembrete de uso do banco traseiro, para os papais e mamães acelerados. Para zerar, temos alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro e assistente de partida em rampa.
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