Dolphin x Ora: veja prós e contras de elétricos 'baratos' lançados no país

Os chineses estão aquecendo o mercado dos eletrificados no Brasil. Depois de todo o barulho feito recentemente pelo BYD Dolphin em seu lançamento - que surpreendeu pela relação entre tamanho, oferta de equipamentos e preço - chegou a hora da GWM responder com o Ora, modelo que acaba de ser anunciado no Festival Interlagos para chegar às concessionárias em outubro.

Se os veteranos Renault Kwid E-Tech (R$ 149.990), JAC E-JS1 (R$ 139.900) e Caoa Chery iCar (R$ 139.990) já puderam sentir o baque do Dolphin, imagine só quando o seu conterrâneo chegar com a mesma energia.

Aliás, pelo que a marca já mostrou aos jornalistas no evento, trará algumas vantagens em relação ao BYD (mas, claro, nem tudo são flores e podemos ver algumas desvantagens também). E é justamente sobre isso que vamos tratar a seguir. Qual dos dois chineses elétricos "no precinho" se sobressai?

Design

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Imagem: Divulgação

Gosto é sempre algo bem subjetivo. De todo modo, ambos apostam na personalidade. Enquanto o Dolphin (ou 'golfinho') traz elementos que remetem aos animais marinhos, o Ora mais parece uma mistura de Mini Cooper com Porsche 911.

Enquanto o primeiro tem vincos e superfícies lisas, além de algumas texturas, o segundo tem formato mais arredondado e linhas curvas, além de não deixar as texturas de lado também.

Ainda que ambos empatem em pontos de estilo (sendo que o BYD chega a ser até mais original), o GWM ganha pelo fato de conseguir mostrar os elementos visuais de forma mais natural e despertando um pouco mais de simpatia de quem o vê.

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Tamanho

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Enquanto o Dolphin tem 4,13 metros de comprimento, 1,77 metro de largura, 2,7 metros de distância entre eixos, 345 litros de malas, o Ora tem 4,24 metros de comprimento, 1,83 metro de largura e 2,65 metros de entre-eixos - com 228 litros para as malas.

Ou seja, ainda que o Ora seja maior, não consegue o mesmo aproveitamento de espaço interno do Dolphin - que, por sua vez, consegue proporcionar comodidade similar ao rival também. Por isso, desta vez, o BYD leva nessa.

Vida a bordo

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O espaço para os ocupantes de ambos é similar, como já pudemos adiantar. Mas qual dos dois proporciona melhor via a bordo? Tanto na frente quanto atrás, os acabamentos e os estofamentos do BYD são macios, mas a estrutura dos bancos tem firmeza, o que proporciona boa qualidade de viagem.

O GWM, por sua vez, consegue ter um leve diferencial de refinamento dos materiais (presentes em todo o interior). Os bancos são ligeiramente mais firmes do que os do BYD.

Além disso, o console minimalista do GWM é ligeiramente mais intuitivo do que o do seu rival. Por uma diferença muito pequena, o GWM vence aqui.

Equipamentos e segurança

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O BYD vem com câmeras e sensores frontais, laterais, traseiras e 360º, piloto automático, central multimídia rotativa de 12,8 polegadas com conectividade para smartphones (mais completa do segmento), cluster digital de 5 polegadas, comando remoto (via app) e por voz, seis airbags, conjuntos ópticos de LED, entre outros.

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O GWM, por sua vez, traz duas telas digitais de 10,25 polegadas e conta com itens como carregador de celular sem fio, câmera de 360 graus, teto solar panorâmico, bancos com massagem e climatização, porta malas elétrico com sensor, frenagem autônoma emergencial - incluindo traseira - e ACC (controle de cruzeiro adaptativo), sete airbags e cinco estrelas no Euro NCap.

Desempenho

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Até mais do que ocorre com os equipamentos, o desempenho é ponto determinante para a GWM conseguir explorar algumas vantagens sobre o Dolphin.

Enquanto o BYD tem 95 cv e 18,3 kgfm, com aceleração até 100 km/h em 10,9 segundos, o Ora gera 171 cv e 25,5 kgfm, capaz de ir até os 100 km/h em 8,2 segundos. Por essa bela diferença, o GWM Ora se sobressai.

Autonomia

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O BYD tem 291 km de autonomia no ciclo PBE, que é pouco mais de 420 km de autonomia no WLTP. O GWM, por sua vez, perde por muito pouco, uma vez que, no exterior, não passa dos 400 km.

Quanto ao tempo de recarga, os números são relativamente similares. A BYD diz que o Dolphin vai de 30% a 80% em 30 minutos, quando conectado à recarga rápida.

O rival, por sua vez, vai de 10% até 80% em 50 minutos, também com carregador rápido, segundo a fabricante. Por pouco, o BYD supera o rival nesta questão.

Preço

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Uma das poucas informações que a GWM ainda falta fornecer é o preço das duas versões do Ora. O que ela já deixou claro é que a mais em conta não será abaixo de R$ 150 mil, enquanto a de topo não passará dos R$ 200 mil.

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Independentemente da exata posição de preços da Great Wall, a BYD leva a melhor neste quesito pelos R$ 149.800 do Dolphin.

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