Cintos mortais: como acessório barato põe sua vida em risco no trânsito
Fernando Pedroso
Colaboração para o UOL
22/07/2023 04h00
Os carros mais modernos têm um alarme para avisar quando alguém dentro do carro está sem cinto. Tem modelo que chega a até desligar o rádio e outros que nem andam sem que todos estejam seguros.
Mas o brasileiro não desiste nunca, mesmo quando é para praticar a autossabotagem. Fivelas para enganar esses sistemas de segurança são vendidas livremente nas redes sociais e sites de anúncio por cerca de R$ 70 o par.
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Por que isso é perigoso
Andar sem cinto de segurança é infração grave, rende cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e dá multa de R$ 195,23.
Dados da Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) apontam que o uso correto do cinto de segurança reduz o risco de morte em 45% para os passageiros da frente e até 75% para quem viaja atrás.
Já um estudo da Arteris, que administra parte das rodovias paulistas, mostra que 42% das vítimas de acidentes fatais registrados em 2022 estavam sem o equipamento.
Para ocupantes do banco de trás, a falta do cinto de segurança é ainda mais perigosa, pois em caso de acidente, a pessoa pode ser arremessada contra os ocupantes dos assentos dianteiros.
Uma pesquisa de 2019 do IBGE mostrava que apenas 54,6 % dos maiores de 18 anos diziam estar sempre com o cinto de segurança dentro do carro.
De acordo com o Detran, 10% das 126.078 autuações por falta de cinto em 2022 foram para passageiros que não o motorista.