Cintos mortais: como acessório barato põe sua vida em risco no trânsito

Os carros mais modernos têm um alarme para avisar quando alguém dentro do carro está sem cinto. Tem modelo que chega a até desligar o rádio e outros que nem andam sem que todos estejam seguros.

Mas o brasileiro não desiste nunca, mesmo quando é para praticar a autossabotagem. Fivelas para enganar esses sistemas de segurança são vendidas livremente nas redes sociais e sites de anúncio por cerca de R$ 70 o par.

Por que isso é perigoso

Andar sem cinto de segurança é infração grave, rende cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e dá multa de R$ 195,23.

Dados da Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) apontam que o uso correto do cinto de segurança reduz o risco de morte em 45% para os passageiros da frente e até 75% para quem viaja atrás.

Já um estudo da Arteris, que administra parte das rodovias paulistas, mostra que 42% das vítimas de acidentes fatais registrados em 2022 estavam sem o equipamento.

Para ocupantes do banco de trás, a falta do cinto de segurança é ainda mais perigosa, pois em caso de acidente, a pessoa pode ser arremessada contra os ocupantes dos assentos dianteiros.

Uma pesquisa de 2019 do IBGE mostrava que apenas 54,6 % dos maiores de 18 anos diziam estar sempre com o cinto de segurança dentro do carro.

De acordo com o Detran, 10% das 126.078 autuações por falta de cinto em 2022 foram para passageiros que não o motorista.

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