Precisa de CNH? O que já sabemos sobre o primeiro carro voador brasileiro

Nem todos sabem que o Brasil é protagonista quando o assunto é carro voador. A startup Eve, subsidiária da Embraer, é uma das maiores desenvolvedoras de eVTOLs, sigla em inglês para aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical.

Em uma das primeiras apresentações sobre os planos da empresa - fato que ocorreu nesta semana no Aeroporto de Congonhas (SP) - a Eve anunciou que tem a meta de levar 12,7 milhões de passageiros por ano em 2035 nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Ainda foi dito que, em breve, mais especificamente em 2026, os veículos - que são voltados principalmente ao uso urbano - estarão por aí, pelo espaço aéreo brasileiro. Vão começar a circular em São Paulo, em um primeiro momento.

A partir disso, algumas dúvidas surgem sobre, por exemplo, o que é preciso para pilotar um desses, quanto custará, o que será preciso para manter e guardar, além de como é esse novo veículo do futuro.

O que mais está envolvido com a novidade

Serão veículos elétricos e o primeiro voo de teste usando um protótipo em tamanho real está marcado para 2024

Segundo a Eve, 2.850 eVTOLs já foram reservados por US$ 3 milhões cada

Terão apenas uma hélice para a horizontal, mas oito rotores que farão a função do deslocamento na vertical

Segundo a Eve, o maior desafio está na transição do voo vertical para horizontal, e vice-versa

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O serviço funcionará como uma espécie Uber, ou seja, com pagamento e reservas pelo celular

As bases para os veículos serão construídas especificamente para atender as necessidades deles

Serão chamadas de 'vertipontos', que serão basicamente como helipontos, só que com estrutura diferenciada para favorecer os pousos e as decolagens, bem como para possibilitar a recarga das baterias e a manutenção dos veículos

No Rio de Janeiro: para 2026, a empresa planeja abrir 6 vertiportos para decolar e pousar de 25 a 35 eVTOLs. Atendendo 400 mil pessoas. Já para ara 2035, por sua vez, a meta é ter 30 vertiportos e 245 eVTOLs operando em mais de 100 rotas. A projeção da empresa é atender 4,5 milhões de passageiros

Em São Paulo: para 2026, a empresa planeja ter 8 vertiportos operando para atender de 50 a 70 eVTOLs. O suficiente para levar 900 mil passageiros. Já para 2035, por sua vez, serão 36 vertiportos e 450 eVTOLs circulando em mais de 200 rotas. A previsão é atender a 8,2 milhões de passageiros

A empresa também tem planos de expandir as operações para cidades como Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Vitória, Florianópolis, Camboriú, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador

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Precisa de CNH?

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Imagem: Divulgação

Como já antecipamos, a principal ideia da empresa é atender voos mais curtos, que no caso não passarão dos 100 km (em linha reta). Segundo levantamentos da Eve, para cada 1h30 a 2h de trajeto terrestre (com carros e pegando trânsito), a mesma tarefa pode ser cumprida por um eVTOL em apenas 9 minutos.

Ainda segundo a empresa, no longo prazo, estima-se que, após um prazo maior utilizando o eVTOL, os custos poderão ser reduzidos em até seis vezes em relação aos helicópteros convencionais. A maior parte das economias serão advindas justamente da parte da manutenção menos onerosa.

Mas a resposta para a pergunta sobre se precisará de CNH é, na verdade, que a habilitação para conduzir esse novo "carro voador" é outra.

Por se tratar de uma forma inédita de mobilidade, os órgãos reguladores dentro da competência dos veículos voadores - entre elas, Agência de Aviação Civil do Brasil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) - ainda estão desenvolvendo as normas para a pilotagem dos eVTOLs.

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Segundo a Eve, uma categoria específica para eles ainda está em processo de homologação. Entretanto, antes disso começar a valer, apenas pilotos de helicópteros ou empresas aéreas terão certificação para a pilotagem e para o transporte de passageiros.

Aliás, a empresa disse que, em um futuro não muito distante, os veículos deixarão de ser tripulados. Não quer dizer que virarão autônomos, mas sim que serão comandados por alguém no solo. Ou seja, o "motorista" irá acompanhar o eVTOL remotamente.

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