Funcionários da GM suspendem greve após cancelamento de 1.244 demissões

Após 17 dias de greve, funcionários das fábricas da General Motors em São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, em São Paulo, encerraram hoje (8) a paralisação.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, o retorno às atividades foi aprovado em assembleia após acordo com a montadora, que aceitou pagar os dias parados e também licença remunerada para quem havia sido demitido.

A greve foi motivada pelas 1.244 demissões nas três fábricas, que já haviam sido suspensas pela Justiça do Trabalho há cerca de uma semana.

De acordo com o sindicato, a paralisação prosseguiu porque a GM pretendia descontar os dias parados do salário dos grevistas e resistia a garantir a manutenção dos empregos na unidade de São José dos Camps até 2024, conforme acordo previamente estabelecido com o sindicato.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos acrescenta que irá prosseguir com negociações nos próximos dias para evitar futuras demissões pela companhia.

"A conquista do pagamento dos dias parados e do cancelamento das demissões foi fruto dessa grande luta (..) e, em qualquer movimento da empresa no sentido de colocar em risco empregos e direitos, a greve será retomada", diz vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.

Por meio de nota enviada a UOL Carros, a GM diz que segue em negociações com os sindicatos para chegar a um rápido acordo, "que seja justo e que permita seguir produzindo e investindo no país".

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