Por que Ford 'tirou o pé' da produção de elétricos mesmo com vendas em alta

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A venda de carros elétricos está crescendo, mas os números do departamento financeiro da Ford não estão acompanhando. No último balanço da montadora norte-americana apresentado no fim do mês passado, houve uma perda operacional de US$ 1,3 bilhão, acima dos US$ 1,1 bilhão no trimestre anterior.

Mesmo com o crescimento de 44% nas vendas de elétricos, os prejuízos fizeram com que a Ford tirasse o pé do investimento na casa dos US$ 12 milhões previstos para aumentar o volume de produção.

A justificativa da marca, segundo o portal CNBC, é que os consumidores americanos ainda não estão dispostos a pagar a mais por um veículo movido a bateria.

"Não estamos nos afastando [no desenvolvimento] de nossos elétricos de segunda geração", disse John Lawler, chefe financeiro da Ford, em uma coletiva de imprensa no mês passado nos Estados Unidos. "No entanto, estamos analisando o ritmo do aumento de capacidade que estamos implementando e vamos adiar parte desse investimento", afirmou.

O executivo disse que é o consumidor quem vai dizer qual será o volume de produção e que a marca é capaz de equilibrar os volumes de veículos a combustão, híbridos e elétricos conforme a demanda.

Aquisição visa redução de custos no carregamento

  • Para tentar impulsionar o mercado de elétricos, a Ford adquiriu uma startup que desenvolve novas tecnologias para carregamento de baterias automotivas.
  • A AMP (Auto Motive Power) fabrica carregadores rápidos e softwares que gerenciam o carregamento com o objetivo de reduzir custos no processo.
  • Também desenvolve tecnologia de carregamento para drones e sistemas de transporte "hyperloop" de alta velocidade.
  • A aquisição foi feita após o anúncio da redução do investimento em produção de carros elétricos.
  • De acordo com o site TechCrunch, a Ford absorverá a tecnologia, os funcionários e as instalações de Sante Fe Springs, na Califórnia. A porta-voz da Ford, Emma Bergg, confirmou a notícia.
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