Por que a autonomia dos carros elétricos é 30% menor na tabela do Inmetro?
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A medição da autonomia dos carros elétricos tem diversos padrões. O mais comum entre os usados pela montadora é o WLTP europeu que mescla testes de laboratório de de rodagem nas ruas.
Há também o padrão chinês, que costuma ser o mais otimista, que era usado pelas montadoras para inflar o alcance dos seus carros nas propagandas.
Mas desde o começo do ano o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) tem a sua própria medição dentro do PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular). Desde setembro, esse padrão virou obrigatório para divulgação no Brasil através da portaria número 169.
Como funciona
A metodologia do Inmetro é semelhante ao EPA dos Estados Unidos e passou a valer em fevereiro de 2023, com a divulgação da primeira tabela atualizada. Os números são cerca de 30% mais baixos do que os fabricantes costumam anunciar.
Essa diferença se dá através da aplicação de fatores de correção de aproximadamente 0,28 em relação aos valores obtidos nos ensaios em laboratório.
O Inmetro diz que a metodologia foi adotada para se aproximar do uso do carro "na vida real". A distância é medida, segundo o Inmetro, de forma "contínua que um VEB [veículo elétrico] percorre até o esgotamento total da bateria, ou seja, conforme ensaio com carga completa".
O órgão considera outros gastos energéticos, como o uso do ar-condicionado e de componentes elétricos do carro, que também consomem carga da bateria.
Com a nova medição, alguns carros tiveram suas autonomias declaradas derrubadas. O Porsche Taycan GTS, por exemplo, era anunciado com 504 km de autonomia em ciclo WLTP. Pelo Inmetro, o alcance caiu para 318 km. Já o BYD Yuan Plus, anunciado com 458 km no método chinês, foi para 294 km no PBEV.
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