Assalto a 140 km/h: como se proteger e não virar alvo de ladrões de motos
O roubo de uma moto de luxo no último domingo (10), após perseguição a 140 km/h na Rodovia Castello Branco, na Região Metropolitana de São Paulo, é mais um exemplo de como esse tipo de veículo tem sido visado por criminosos.
Na ocasião, quatro bandidos, a bordo de duas motocicletas, renderam o proprietário de uma Kawasaki Versys X-300, e levaram a moto - um exemplar zero-quilômetro desse modelo hoje custa cerca de R$ 40 mil.
Em muitos casos, assaltantes buscam motocicletas caras e potentes apenas para ostentar com elas nas redes sociais - em outras vezes, a intenção é utilizar o veículo na prática de outros assaltos.
Independentemente da motivação, donos de motos, especialmente as de maior valor, precisam redobrar a atenção e tomar cuidados para não se tornarem a próxima vítima desse tipo de crime. UOL Carros conversou com o policial federal e instrutor de defesa pessoal Fábio Henriques sobre dicas para minimizar os riscos, o que fazer ao identificar a iminência de um ataque e como agir caso você seja rendido.
Confira.
Minimize os riscos
"Esses assaltantes fazem parte de quadrilhas especializadas no roubo de motos caras. Eles têm planejamento, monitoram suas vítimas em busca de oportunidades e sabem como atacar. Quase sempre agem acompanhados e usam motocicletas tão potentes quanto aquelas que pretendem levar. Portanto, o cidadão comum costuma já começar em desvantagem", aleta Henriques.
Segundo o especialista, andar de moto "sozinho e despreocupado" há muito tempo já não é uma opção para proprietários de motos grandes. O primeiro passo, recomenda o policial, é minimizar o risco de ser assaltado. Veja algumas orientações:
Evite áreas de risco, como rodovias, especialmente perto dos centros urbanos. Donos de motos mais potentes costumam pegar a estrada, e os ladrões sabem disso.
Não ande sozinho com sua moto. Procure rodar sempre em grupo, próximo de outros motociclistas, seguindo o mesmo trajeto.
Não abasteça a moto em postos de combustível perto da saída de cidades ou em rodovias. "Criminosos costumam monitorar a chegada de eventuais alvos justamente em locais de parada para reabastecimento", orienta Fábio Henriques.
Quando for possível, evite parar nos semáforos. Ao perceber o sinal amarelo ou vermelho, reduza a velocidade de forma gradual, na tentativa de passar com o semáforo já na luz verde.
Procure rodar em velocidade constante e fique sempre de olho nos retrovisores, em busca de movimentação suspeita, para não ser surpreendido. "Quanto mais cedo você perceber a ameaça, mais tempo terá para agir", ensina Fábio Henriques
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E se eu for rendido?
Fábio Henriques faz uma recomendação crucial:
"Se você não é um profissional treinado em segurança e defesa pessoal, fuga, congelamento e luta não são boas opções devido ao risco envolvido. O indicado é não reagir, sobretudo em uma situação de confronto e estresse elevados", alerta.
Caso você seja rendido, a orientação é entregar a moto e se afastar o mais rapidamente possível, evitando movimentos bruscos e mantendo as mãos para o alto.
Henriques recomenda não tirar a chave do contato nem desligar a motocicleta.
Nesse caso, a dica preciosa é facilitar e agilizar a ação dos assaltantes, de forma minimizar o risco de agressão, como ser baleado.
"Ao entregar a motocicleta, colabore, mostre as mãos, coloque a moto no cavalete e desembarque rapidamente. Procure sair da moto no lado contrário ao da abordagem, de forma a não se posicionar entre os assaltantes e o veículo que eles pretendem levar. Em seguida, afaste-se".
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