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Ex-BBB é atacada por gangue da pedrada; veja medidas para se proteger

Vice-campeã do 'Big Brother Brasil 8' relatou tentativa de assalto em seus perfis nas redes sociais Imagem: Reprodução

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo

24/01/2024 04h00Atualizada em 24/01/2024 22h59

A ex-BBB Gyselle Soares, 40, tornou-se vítima da gangue da pedrada. Em seus perfis nas redes sociais, a vice-campeã da oitava edição do reality relatou ter sofrido tentativa de assalto na manhã da última terça-feira (22) na Bela Vista, na região central capital paulista.

O ataque teve as mesmas características de outros dessa mesma gangue: aconteceu enquanto o veículo estava parado no semáforo, ao lado de uma praça, para onde o criminoso escapou. O bandido quebrou o vidro na tentativa de levar bolsa e telefone celular. Em abril do ano passado, o apresentador e ex-jogador de futebol Neto virou manchete ao reagir a um assalto bastante semelhante.

Como age a gangue da pedrada

Casos envolvendo os dois famosos não são isolados e praticamente todos os dias surgem relatos de ataques contra automóveis, nos quais criminosos usam algum objeto para quebrar o vidro do veículo e levar o telefone instalado no suporte e outros objetos de valor no interior do automóvel.

Vídeos que circulam nas redes sociais comprovam que, na maior parte das ocorrências, os ladrões não agem sozinhos e têm pelo menos um comparsa a lhes dar cobertura. Essa característica, somada à quebra do vidro, fez com que esses assaltantes ficassem conhecidos como gangue da pedrada.

Segundo o policial federal e instrutor de defesa pessoal Fábio Henriques, os bandidos ficam à espreita de potenciais vítimas na beira de avenidas movimentadas da cidade de São Paulo - especialmente na região central e, mais especificamente, nos arredores da chamada "cracolândia".

Reportagem do UOL já demonstrou que é nessa região, que inclui o bairro da Luz e é frequentada por usuários de drogas, que celulares e outros objetos são entregues a receptadores ou revendidos diretamente por preços muito abaixo do mercado.

Henriques destaca que, em vários ataques, o vidro do carro nem chega a ser quebrado: os assaltantes buscam motoristas e passageiros desatentos e rodando com os vidros abertos e itens expostos.

Assim que eles conseguem agarrar o smartphone ou outro objeto, os bandidos saem correndo em meio ao trânsito e logo "desaparecem" com o produto do assalto.

São criminosos organizados e especializados no que fazem. Eles dificilmente agem sozinhos e têm uma comunicação não verbal para a seleção de potenciais vítimas. Os integrantes dessa gangue têm uma técnica específica para romper rapidamente o vidro e projetar o próprio corpo para dentro do veículo Fábio Henriques, policial federal e instrutor de defesa pessoal

Como não virar vítima da gangue da pedrada

Ex-jogador Neto reagiu a assalto e perseguiu bandidos para recuperar celular levado do interior de veículo Imagem: Reprodução/Band TV

Antes de mais nada, Fábio Henriques destaca a importância de sempre observar o ambiente ao redor para antecipar eventual ataque e adaptar-se às circunstâncias. O especialista aponta as seguintes orientações para minimizar o risco de ataque:

Prefira circular sempre com os vidros fechados

Se possível, rode em automóvel blindado

Caso contrário, o uso de película convencional ou do tipo antivandalismo dificulta ou até impede o ingresso no interior do veículo

No trânsito, evite ficar próximo demais do carro imediatamente à frente. Isso dificulta a visão do entorno e impede eventual manobra de fuga

Evite deixar o celular exposto no suporte de para-brisa

Nunca deixe outros objetos de valor à vista de potenciais assaltantes

Caso perceba a aproximação de assaltante, utilize a buzina para tentar espantá-lo

Se você for assaltado, nunca reaja nem tente perseguir o criminosos

Película antivandalismo eleva proteção

Película especial contra vandalismo e assaltos torna o vidro mais resistente contra pedradas Imagem: Divulgação

Bem mais baratas do que uma blindagem, essas películas trazem lâminas de poliéster que aumentam a resistência dos vidros do veículo contra impactos.

A camada protetora evita que o vidro se estilhace ou se quebre por completo em caso de acidentes ou tentativas de crimes com armas brancas, como pedras.

Película antivandalismo não torna o vidro inquebrável, apesar de proporcionar segurança extra em relação às películas normais

Tampouco a proteção chega perto de uma blindagem, que custa mais de R$ 50 mil e previne contra disparos de arma de fogo.

Existem graus de proteção. Por exemplo, a película PS4 suporta até 80 kg de impacto; a PS8 aguenta até 120 kg e assim por diante. Na prática, elas resistem a uma paulada ou a um ataque com pedras, mas não é blindagem Felipe Souza, especialista em películas

Segundo ele, a instalação de um equipamento como esse tem preço inicial abaixo de R$ 640. Em relação à proteção solar, Souza explica que o resultado é bem parecido com o das películas comuns.

"O cliente pode escolher a tonalidade desejada, desde que respeite a legislação."

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