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Nova Chevrolet S10: veja as vantagens e onde come poeira contra as rivais

Nova Chevrolet S10 2025 Imagem: Chevrolet/Divulgação

Julio Cabral

Colaboração para o UOL

21/04/2024 04h00

Oferecida em pré-venda, a nova Chevrolet S10 chama atenção pelo design mais agressivo. Embora a linguagem de estilo seja muito semelhante à Montana, a picape média está mais para a Silverado. A reforma veio acompanhada de motor e transmissão de nova geração, interior renovado e maior oferta de itens. Diante de tudo isso, como será que ela se compara aos utilitários líderes do segmento?

Claro que ainda não é possível fazer um comparativo mais aprofundado, uma vez que a picape ainda será liberada para testes. Mas já dá para nós termos uma base sobre dados de itens de série, mecânica, desempenho, consumo e preços.

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Entre as opções, levamos em consideração as três rivais mais vendidas em março: Toyota Hilux, Ford Ranger e Nissan Frontier. Por ser menor, a RAM Rampage ficou fora do comparativo. A Mitsubishi L200 Sport não participa do pódio das mais vendidas, enquanto a Volkswagen Amarok renovada será lançada em breve.

Motor, câmbio e desempenho

Imagem: Divulgação

A S10 chega com novo motor quatro cilindros 2.8 turbodiesel, a mesma litragem do anterior, mas de geração inédita. Da mesma maneira que a motorização, a transmissão também é nova. Trata-se de um câmbio automático de oito marchas, duas a mais que a antiga caixa. São 207 cv e 52 kgfm, força capaz de levá-la de zero a 100 km/h em apenas 9,4 segundos, um a menos do que a antecessora.

São números que ficam próximos aos gerados pelo 2.8 turbodiesel da Hilux, quatro cilindros capaz de entregar 204 cv e 50,9 kgfm. O câmbio é automático de seis marchas. A Toyota não costuma divulgar números de arrancada da imobilidade aos 100 km/h, no entanto o braço português da fabricante afirma que a picape faz a prova em 10,7 s.

Junto com a Amarok, a Ford é a única que oferece motores 3.0 V6 turbodiesel. A Ranger dispõe de 250 cv e 61,2 kgfm, contando com câmbio automático de dez marchas, primazia no segmento. Sua aceleração de zero a 100 km/h é vencida em 9,2 s.

A Frontier vem equipada com o 2.3 turbodiesel de quatro cilindros, 190 cv e 45,9 kgfm. O câmbio é automático de sete velocidades. Por ser um pouco menos potente, cumpre a etapa de zero a 100 km/h em 11,3 s, número ainda condizente com o segmento.

Consumo

Imagem: Divulgação

O consumo da nova S10 é algo contido, entregando 9,5 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada. A Hilux faz 10,3 km/l no circuito urbano e 11,8 km/l no rodoviário, números superiores.

Ter um seis cilindros potente não ajuda muito a Ranger no quesito, entregando apenas 8,9 km/l e 10,2 km/l. A Frontier eleva um pouco mais o patamar de economia de combustível, perfazendo 9,3 km/l e 10,9 km/l.

Preços e itens de série

Imagem: Divulgação

A esportiva S10 Z71 abre a oferta por R$ 281.990, trazendo Santo Antônio exclusivo, chave com sensor de aproximação, seis airbags, farois e lanternas Full LED, controle de oscilação de reboque, capota marítima; rodas de liga leve aro 18, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, direção com assistência elétrica, vidros elétricos com função um-toque, painel de instrumentos digital de oito polegadas, central multimídia de 11", conexão para Apple CarPlay e Android Auto sem fio, quatro entradas USB e controle de descida. A garantia foi ampliada de três para cinco anos.

Logo acima, a intermediária LTZ custa R$ 292.800 e investe em itens de segurança ativa, tais como alertas de colisão frontal (com detecção de pedestres) e de saída de faixa e frenagem automática de emergência; além de ar-condicionado digital, estribos laterais, carregador de celular sem fio, retrovisores com rebatimento elétrico, partida remota; sensor de chuva, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e banco do motorista ajustável eletricamente.

Fechando a gama, a High Country sai por R$ 302.900 e soma alerta de ponto cego, detector de tráfego cruzado traseiro, capota marítima exclusiva e descansa braço traseiro. Na outra ponta, é prevista uma escolha mais barata, também com cabine dupla e o mesmo motor, mas sua transmissão é manual de seis marchas e, por razão disso, o torque foi reduzido de 52 kgfm para 46,9 kgfm.

É uma oferta generosa de itens. Na comparação, foram escolhidas versões intermediárias e superiores das concorrentes. Não seria justo escolher configurações de acesso com motores mais fracos ou pacotes de equipamentos simples. Da mesma maneira, opções esportivas de maior potência e preço também ficaram de fora, tais como Hilux GR-S ou Ranger Raptor.

Imagem: Divulgação

Toyota Hilux: concorrendo em três versões, a Hilux começa a competir com a S10 a partir da SR (R$ 272.190), quase R$ 10 mil a menos que a ZR1. Ganha da S10 em pontos como ar-condicionado digital com duas diferentes zonas e controle de cruzeiro adaptativo, entretanto, a nova picape da Chevrolet tem central multimídia maior, farois de LED, chave com sensor de aproximação, capota marítima e rodas aro 18.

A SRV alcança R$ 289.990 e adiciona modos de condução Eco e Power; protetor de caçamba; saída de ar para o banco traseiro; revestimentos do banco em couro e material sintético; entrada e partida sem chave e maçanetas cromada e rodas de liga leve aro 18. Em comparação com a Toyota, a S10 LTZ tem um pacote bem mais completo, no qual se destacam os itens de segurança ativa, carregador sem fio e ajustes elétricos para o banco do motorista, tudo custando cerca de R$ 3 mil extras.

A Hilux SRX Plus (R$ 334.890) soma alerta de mudança de faixa; assistente de pré-colisão e frenagem automática; banco do motorista com regulagens elétricas; bancos de couro perfurado com partes de material sintético; retrovisor interno eletrocrômico; capota marítima; farois de LED e molduras de caixa de roda exclusivas. O preço é muito mais elevado do que a High Country - que está esgotada no site de pré-reserva -, uma diferença de cerca de R$ 32 mil.

Imagem: Rafaela Borges/UOL

Ford Ranger: Levamos em consideração a partir da configuração XLS (R$279.990), a primeira com motor V6 3.0 turbodiesel - as demais vêm equipadas com o novo 2.0 turbodiesel. Entre os principais itens, há painel de instrumentos digital de 8"; farois Full LED com acendimento automático; central multimídia de 10"; rodas de liga leve aro 17; carregador de celular wireless; Android Auto e Apple CarPlay sem fio.

Traz ainda quatro modos de condução (Normal, Eco, Rebocar e Escorregadio); sete airbags; saída de ar para o banco traseiro; direção elétrica com coluna ajustável em altura e profundidade; partida remota (aciona também o ar-condicionado); sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré. É um pacote competitivo que se soma aos cinco anos de garantia.

A intermediária XLT (R$ 289.990) acrescenta bancos de couro com ajuste elétrico para o motorista; volante também revestido no mesmo material; alerta de colisão frontal e frenagem autônoma com detector de pedestres; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; trava elétrica da tampa da caçamba; farois de neblina de LED; retrovisores externos com rebatimento elétrico e sensor de chuva. Em relação ao pacote da S10 LTZ, perde por não ter o alerta de mudança de faixa, algo desejável, dado que a diferença de preço não chega a R$ 3 mil.

No segmento superior, a Ranger descola dos preços da S10. A Limited começa em R$ 319.990, trazendo ar-condicionado com duas zonas de ajuste; entrada e partida sem chave; bagageiro de teto; lanternas traseiras de LED; rodas de liga leve 18"; molduras de para-lamas na cor do veículo; protetor de caçamba; Santo Antônio esportivo; central multimídia de 12"; seis modos de condução (Normal, Eco, Rebocar/Transp, Escorregadio, Lama/Terra e Areia) e sensor de monitoramento da pressão dos pneus. Por mais que seja um bom pack, não dá para justificar os R$ 17 mil de distância em relação à versão LTZ.

E fica ainda mais distante na Limited equipada com pack opcional, cujo preço chega a R$ 349.990, valor que inclui a mais rodas aro 20; painel de instrumentos de 12,4"; alerta de tráfego cruzado traseiro; assistente autônomo de frenagem em marcha ré; assistentes de manobras evasivas, de permanência e centralização em faixa, de cruzamentos e monitoramento de ponto cego, itens de condução semi autônoma que estão, em sua maioria, na S10 High Country (R$ 302.990).

Imagem: Divulgação

Nissan Frontier: A terceira colocada da trupe entrou da versão Attack (R$ 275.580) para cima. Ela traz ar-condicionado; câmera de ré; direção hidráulica; adesivos exclusivos; estribo lateral; painel de instrumentos com visor de 7"; saída de ar para o banco traseiro; farois dianteiros com máscara escurecida exclusivos; seis airbags; acionamento automático dos farois; quatro alto-falantes (as concorrentes têm seis em todas as versões); multimídia de 8" e seis anos de garantia - as demais têm cinco. É um conjunto simples diante da S10 Z71, que custa cerca de R$ 6 mil a mais.

O nível de equipamentos começa a ficar mais completo da XE (R$ 289.190) em diante. A intermediária soma abertura e partida sem chave; acabamento premium nos bancos, volante e paineis de porta; acendimento automático dos farois; sensor de chuva; banco do motorista com ajustes elétricos; ar-condicionado com duas zonas de ajuste; console central com apoio de braço revestido de couro; para-sois com espelhos e iluminação; maçanetas cromadas; retrovisores com rebatimento elétrico; farois de LED e seis alto falantes.

Falta ainda a top de linha Platinum (R$ 321.950), que adiciona alavancas de câmbio e freio revestidas de acabamento premium; retrovisor interno eletrocrômico; teto solar; molduras das portas cromadas; alerta de colisão frontal; monitoramento de atenção do motorista; aviso e assistência de mudança e permanência em faixa; alerta de tráfego cruzado traseiro; sensor de ponto cego; farois com ajuste inteligente e câmeras 360 graus.

Pelo mesmo preço, a mais aventureira Pro-4X se diferencia por ter paineis das portas com acabamento premium off-road e maçanetas externas e da tampa pintadas de preto. É uma lista interessante, incluindo o exclusivo teto solar, mas não o suficiente para alcançar a S10 High Country, ainda mais com preço quase R$ 20 mil superior.

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