Corolla x Compass 2025: o que cada SUV tem de melhor após atualizações

O Toyota Corolla Cross passou por uma renovação no Brasil e recebeu mudanças que incluíram retoques no estilo e mais equipamentos de série.

Será que as novidades são suficientes para encarar o Jeep Compass, que também acaba de receber uma série de novidades na linha 2025? Vamos ao comparativo de versões, itens de fábrica, mecânica, desempenho e consumo.

Motor, câmbio e desempenho

Toyota Corolla Cross 2025
Toyota Corolla Cross 2025 Imagem: Divulgação

A linha 2025 do Corolla Cross incluiu um reajuste do motor 2.0 16V aspirado.

Se antes gerava 177/169 cv (etanol/gasolina) e 21,4 kgfm, o propulsor passou a entregar 175/167 cv e 20,8 kgfm, dois cavalos e 0,6 kgfm a menos de torque.

O câmbio é CVT de dez marchas, sendo nove simuladas e a primeira com engrenagens, a fim de entregar uma sensação de largada mais forte. O reajuste foi uma fórmula para atender as exigências da nova fase do Proconve. Para garantir o objetivo, a Toyota ainda implementou um sistema de recirculação de gases.

Quanto ao conjunto 1.8 híbrido do SUV médio da Toyota, os números permaneceram os mesmos. O propulsor a combustão fornece 101/98 cv e 14,5 kgfm, vindo acoplado com dois motores elétricos de 72 cv e 16,6 kgfm. Nem pense em pegar a calculadora, na prática, não é uma soma direta. Juntos, entregam apenas 122 cv de potência. O câmbio é um CVT transeixo com engrenagens planetárias, garantindo perdas mecânicas menores. Não há opção de tração integral, apenas dianteira.

A Toyota não tem por costume divulgar dados de desempenho nem na linha GR, então é difícil compará-lo ao Compass. Seja como for, as variantes com motor 2.0 são as únicas capazes de andar próximo do rival 1.3 turbo.

Jeep Compass 2025 Blackhawk
Jeep Compass 2025 Blackhawk Imagem: Divulgação
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Diferentemente do Corolla Cross, o Compass se vale de motor turbinado desde o início da gama - no caso, o 1.3 turbo de 185/180 cv e 27,5 kgfm. Uma bela distância do 2.0 aspirado da Toyota, com 10/13 cv (etanol/gasolina) extras de cavalaria e 6,1 kgfm de torque, força máxima que chega a 4.400 rpm, contra apenas 1.750 rpm do Jeep. O câmbio é automático de seis velocidades e a tração é dianteira.

Com desempenho suficiente para um SUV médio, o Compass 1.3 turbo vai de zero a 100 km em 9,4/9,8 s e sua velocidade máxima é de 206/203 km/h. O propulsor mais forte ajuda a lidar com seu peso de 1.589 kg, 169 kg a mais que os 1.420 kg do competidor.

Em relação às versões híbridas flex, o Jeep só terá configuração desse tipo mais para o final do ano, mas conta com o plug-in Compass Série S 4xe. No entanto, estamos falando de uma lonjura enorme de preços.

Há outros dois motores na linha Compass: vamos primeiramente ao que é exclusividade do Jeep, o 2.0 16V turbodiesel. O propulsor entrega 170 cv e 35,7 kgfm, vindo sempre associado ao sistema de tração integral adaptativa e ao câmbio automático de nove marchas. O nível de desempenho é mais contido que o 1.3 turbo, partindo da imobilidade aos 100 km/h em 10,7 s e alcançando 198 km/h. Não deixa de ser bom para a categoria.

Novidade na gama, do Compass, o motor 2.0 16V turbo Hurricane a gasolina, que equipa as versões Overland e a inédita Blackhawk, oferece toda a entrega dos 272 cv e 40,8 kgfm. A tração integral ajuda a levá-lo de zero a 100 km/h em parcos 6,3 s, número mais importante do que os 228 km/h de máxima. O câmbio é automático de nove marchas.

A gama se encerra no Compass 4xe. Equipado com motor 1.3 turbo a gasolina de 180 cv e 27,5 kgfm, o SUV ganha o reforço de dois motores elétricos.

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O primeiro é um pequeno propulsor dianteiro, sua função é dar uma força extra nas acelerações. O segundo fica no eixo traseiro e é o responsável por entregar 60 cv e 25,5 kgfm. Cabe a ele também levar o carro somente na eletricidade - o mecanismo de tração integral depende da bateria para garantir a força, pois não há cardã.

Os três juntos geram 240 cv. Seu rendimento fica abaixo apenas das configurações 2.0 turbo a gasolina, são gastos somente 6,8 s na arrancada até os 100 km/h. A velocidade máxima é de 206 km/h. A transmissão é automática de seis velocidades.

Consumo

Toyota Corolla Cross 2025
Toyota Corolla Cross 2025 Imagem: Divulgação

O Corolla Cross 2.0 alcança 8,2 km/l de etanol na cidade e 9,3 km/l na estrada, médias que alcançam 11,6 km/l e 13,3 km/l na gasolina. O híbrido vai além, entregando 17,7 km/l de gasolina no ciclo urbano e 14,6 km/l no rodoviário. Os dados são do Inmetro, padrão também para o rival.

Por sua vez, seu rival Compass tem quatro opções de motorização. O motor 1.3 é o que equipa a maior parte das versões, sendo capaz de fazer 7,2 km/l e 8,3 km/l de etanol (cidade/estrada), enquanto a sede com gasolina chega a mais apropriados 10,2 km/l e 11,7 km/l - nas mesmas situações. O 2.0 turbodiesel faz justiça à fama dos diesel, chegando a 10,3 km/l e 13,5 km/l entre o consumo urbano e estradeiro.

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Seria de se esperar um consumo maior do 2.0 turbo a gasolina do Jeep, dado que sua potência e torque são muito superiores. Na cidade, são 8,3 km/l na cidade e 11 km/l no rodoviário.

Já o conjunto híbrido plug-in do Compass segue na outra ponta, perfazendo 25,4 km/l urbanos e 24,2 km/l em rodovias. Em comparação ao Corolla Cross Hybrid, o Jeep leva vantagem no fato de ter um pack de baterias maior, capacidade de ser recarregado na tomada e motor elétrico mais potente - qualidades que fazem com que o carro rode até 30 km somente na eletricidade, alcance que chega a aproximados 5 km no Toyota que, por outro lado, dispensa a recarga da bateria.

Tamanho e espaço

Jeep Compass 2025 Blackhawk
Jeep Compass 2025 Blackhawk Imagem: Divulgação

Na fita métrica, o Corolla Cross tem 4,46 metros de comprimento, 2,64 m de entre-eixos, 1,82 m de largura e 1,62 m de altura. O entre-eixos é seis centímetros inferior ao do Corolla sedã. O porta-malas tem 440 litros.

Por sua vez, o Compass mede 4,40 m de uma ponta a outra, 2,63 m de distância entre os eixos, 1,82 m de largura e 1,62 m de altura. Seu porta-malas comporta cerca de 410 l - o número anunciado oficialmente é de 476 l, mas o volume, nesse caso, foi medido com líquido, diferentemente do competidor. A Toyota usou o método VDA que usa cubos para afirmar a área aproveitável do compartimento. A despeito disso, o afastamento é de apenas 30 litros, suficiente para uma mochila média-grande.

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Versões, preços e itens de série

Toyota Corolla Cross XRX Hybrid 2025
Toyota Corolla Cross XRX Hybrid 2025 Imagem: Divulgação

Boa parte das atualizações do Corolla Cross chegaram para resolver pontos críticos na lista de itens anterior.

Talvez a mais chamativa seja a adoção de freio de mão acionado por botão, tecnologia que substitui a antiga operação por pedal. Além de ser ativado eletricamente, o dispositivo também conta com a função Auto Hold - segura o carro automaticamente em paradas e libera o freio ao acelerar novamente, sem a interferência do motorista. É o tipo de aperfeiçoamento capaz de aliviar o dia a dia em meio ao trânsito.

Foram acrescentados mais dois sensores dianteiros de estacionamento, uma mudança que corrigiu a falha original de ter varredura de apenas dois sensores. Com a mudança, a faixa de cobertura contra danos na hora de estacionar ficou mais ampla, para a tristeza dos funileiros. Porém, o item não é oferecido na básica versão XR. Também é novidade o acionamento elétrico da tampa do porta-malas.

O painel chama atenção pelo quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas e central multimídia de nove polegadas equipada com Android Auto e Apple CarPlay,

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Os faróis do Toyota se tornaram mais agressivos e receberam luz de condução diurna chamativa, talvez não tanto quanto a nova grade metálica em colmeia. As lanternas têm LEDs diferentes. Se por um lado evoluiu muito, o SUV manteve o escapamento protuberante, peça que continua a ser camuflada no tom preto.

Deixando as alterações gerais, vamos ao que cada uma opção tem, a começar pelo Corolla Cross XR (R$ 164.990) - voltada ao filão de vendas diretas. O SUV de entrada traz ar-condicionado digital; assistência elétrica da direção; coluna de direção ajustável em altura e profundidade; uma entrada USB no console e duas atrás; quadro de instrumentos com visual digital de 7"; rodas de liga leve aro 17; controle de velocidade adaptativo; faróis de LED para facho alto e baixo; freio de estacionamento eletrônico; modo Sport; espelho e luz de cortesia nos dois parassois; espelhos retrovisores com recolhimento elétrico; entrada 12V no painel; sensor crepuscular; central multimídia de nove polegadas com conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay; vidros elétricos um-toque; volante revestido de couro; sete airbags e assistente de alerta e centralização de faixa

A versão intermediária XRE (R$ 178.590) do Corolla Cross é a primeira voltada às pessoas físicas. A lista de equipamentos acrescenta carregador sem fio de smartphones no console; chave presencial; painel de instrumentos digital de 12,3"; iluminação ambiente; lanternas de LED; acabamento interno com couro e material premium; câmera de ré que projeta linhas de distância; retrovisor interno eletrocrômico; sensores de estacionamento (apenas dois na dianteira e quatro na traseira); rodas aro 18 e apoio de braço para o banco traseiro.

Em um patamar acima, a XRX (R$ 191.790) soma ar-condicionado digital de duas zonas com sistema S-Flow (regula automaticamente o fluxo de ar para os passageiros dianteiros); teto solar; ajustes elétricos para o banco do motorista; abertura e fechamento elétrico do porta-malas por botão ou sensor de passagem de pé; luzes de indicação de direção sequenciais; acabamento interno em bege e preto; botão de partida sem chave; moldura superior da janela com detalhe cromado; alerta de ponto cego e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros dotados de frenagem automática para obstáculos e pedestres.

Configuração mais cara com motor 2.0, a esportiva GR-Sport (R$ 197.790) inclui retrovisores no tom preto metálico (rebatíveis eletricamente); bancos de couro e suede; painel com acabamento prata escuro; suspensão e direção mais esportivas e decoração exclusiva.

A ala dos híbridos começa com o XRV Hybrid 1.8 (R$ 202.690), que traz uma seleção de equipamentos mais semelhante ao do XRE 2.0, somando acabamento cromado na parte superior da linha dos vidros e regulagem de altura para todos os encostos de cabeça. O top de linha XRX Hybrid (R$ 210.990) e não traz alterações em relação ao modelo convencional de mesmo nome.

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Jeep Compass 2025 Blackhawk
Jeep Compass 2025 Blackhawk Imagem: Divulgação

O Compass começa na versão Sport 1.3 turbo (R$ 179.990, preço do estado de São Paulo). A variante de entrada tem acendimento automático dos faróis e limpadores; coluna de direção regulável em altura e profundidade; assistência elétrica da direção; central multimídia de 8,4"com Android Auto e Apple CarPlay; chave presencial; câmera de estacionamento traseira; faróis Full Led; lanternas com assinatura de LED; freio de estacionamento eletrônico com Auto Hold; modo Sport; painel analógico com visor digital de 7"; controle de velocidade de cruzeiro; sensores de estacionamento traseiros; USB do tipo C no painel de duas entradas do tipo A e C no banco de trás; rodas de liga leve aro 18 e vidros elétricos um-toque.

Em termos de preço, fica mais parelho com o Corolla Cross XRE 2.0, tendo a desvantagem de não ter painel digital; sensores de estacionamento dianteiros; carregador sem fio de celular; aviso e centralização de manutenção de faixa; central multimídia maior e acabamentos de couro. E ainda custa R$ 1.400 a menos.

No meio da gama, a versão Longitude do Compass 2025 vem nas variantes normal (R$ 196.990) e Night Eagle (R$ 205.990), que se diferencia pelos acabamentos escuros e outros detalhes. A opção acrescenta um belo pacote de segurança ativa como controle de cruzeiro adaptativo; alerta de colisão dianteira com frenagem de emergência e detecção de veículos, pedestres e ciclistas; aviso de mudança de faixa com assistente ativo; detector de fadiga; reconhecimento de placas de trânsito; quadro de instrumentos digital de 10,25"; GPS; central multimídia de 10,1"; ar-condicionado digital de duas zonas e volante e bancos com acabamento de couro. A segurança passiva deve sete airbags, reforço oferecido apenas da Limited para cima.

Ambas ficam mais próximas do Corolla Cross em sua versão XRX. O Compass Longitude custa R$ 5.200 a mais e o Night Eagle aumenta o vão em largos R$ 14.200. Em relação aos Jeep, também há um bom pacote de segurança ativa, perdendo na falta de reconhecimento de placas e detector de fadiga, mas compensando na frenagem automática de estacionamento. Além disso, o Toyota perde na central multimídia menor. Todavia, não dá para ignorar os preços maiores do competidor.

Caso você queira um Corolla Cross esportivo, há o GR-Sport (R$ 197.790), escolha que concorre com o Night Eagle no parâmetro decoração diferenciada, com a vantagem dos R$ 8 mil de separação e por ter um ajuste esportivo de suspensão e direção, ponto importante para aqueles que desejam uma condução mais aguerrida.

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Até porque o SUV de origem japonesa conta com uma opção híbrida na mesma versão, modelo que parte de R$ 202.690 e fica entre os Compass Longitude e Night Eagle. É inegável que o Jeep tem desempenho melhor, ainda assim o apelo de ter um híbrido sobressai pelo consumo muito inferior.

Falando nela, a versão Limited do Jeep Compass (R$ 216.990) anexa o sistema de conectividade Intelligence Plus (permite o acionamento remoto de várias funções; integração entre o carro e a Alexa; pneus com selante contra furos; retrovisores externos com rebatimento elétrico; sete airbags; banco do motorista ajustável eletricamente; carregador de smartphones sem fio; rodas aro 19 e sistema de som premium Beats de 506w (oito alto falantes e subwoofer). O Compass Limited a diesel (R$ 249.990) entrega o mesmo pack, com a distinção de ter modo seletor de terrenos, função que vem a reboque da tração 4X4.

Aqui a disputa é com o Corolla XRV Hybrid (R$ 210.990). A diferença de preço é de R$ 6 mil a favor do Toyota, cuja relação de equipamentos é parelha, perdendo pela conectividade e som, nada de extraordinário. Em relação ao diesel, a separação de preço é de R$ 30 mil.

A opção mais cara do Jeep com o motor 1.3 turbo é o Compass Série S (R$ 236.990), configuração que adiciona itens de segurança como alerta de tráfego cruzado traseiro; assistente de baliza semiautônomo; sensores de estacionamento dianteiros e teto solar panorâmico. Da mesma maneira que o Limited diesel, fica muito distante do Corolla Cross XRV, o mais caro.

Daí passamos às variantes do Jeep equipadas com o propulsor 2.0 turbo a gasolina. A mais "barata" é a Overland (R$ 266.990). Por ser 4x4, ele também dispõe do seletor de terrenos do Limited a diesel, além de mostradores esportivos no painel de instrumentos e ajustes dinâmicos diferenciados. De resto, é basicamente o pacote do S. O esportivo Compass Blackhawk se diferencia mais, trazendo sistema de abertura elétrica do porta-malas com sensor de passagem de pé abaixo do para-choque traseiro; decoração esportiva; banco elétrico para o passageiro e tomada auxiliar de 127V.

É neste ponto que o Toyota se separa da competição, afinal, é difícil compará-lo aos rivais mais caros - são R$ 56 mil de separação para o Overland.

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No topo da cadeia alimentar está o importado Compass 4xe híbrido plug-in (R$ 347.300). Dentre os itens extras, o mais desejado é a câmera 360 graus. O sistema de som Alpine de oito alto-falantes e subwoofer é tão bom quanto o Beats, embora tenha graves menos reforçados, uma questão de gosto.

Pode ser um híbrido também e, para completar, é plug-in. O problema é a diferença de R$ 136.110, o suficiente para comprar o Renegade 1.3 turbo básico (R$ 118.290). Já estamos nos referindo a outro patamar.

Conclusão

A nova lista de itens de série do Corolla Cross veio em tempo de enfrentar a linha 2025 do Compass, que se aproximou do Toyota em mudanças como a expansão da garantia para os mesmos cinco anos.

No final, é difícil ignorar as grandes separações de valores. Só que quem deseja mais desempenho pode ir na trilha dos Jeep. Uma decisão emocional, mas que também fala a respeito do sucesso de vendas do SUV de família norte-americana. Porém, a racionalidade está do lado japonês.

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