Ford mais caro do mundo tem 4 unidades no Brasil e chega a R$ 13 milhões
Com pouco mais de mil unidades vendidas ao redor do mundo, a terceira geração do Ford GT é, no Brasil, um supercarro mais raro do que muitos modelos de Ferrari e Lamborghini, contando com apenas quatro unidades no país. Os preços desse quarteto chegam a superar a marca de R$ 13 milhões, dependendo do exemplar - fazendo do GT também um dos automóveis mais caros do mercado brasileiro.
Não é por acaso que a aparição de um desses carros chega a gerar comoção entre os entusiastas brasileiros. Como acontece há incontáveis anos, o tráfego de carros especiais na região dos Jardins, conjunto de bairros riquíssimos da capital paulista, motiva aglutinações de entusiastas, vários deles com câmeras em punho.
Foi a visão de um exemplar único do Ford GT que nos motivou a contar sobre os carros do tipo presentes no país. No caso, o modelo em questão é um da série Carbon Series, apresentada em 2019. A edição teve apenas 50 unidades produzidas, o que a tornou uma raridade em qualquer mercado - nessa configuração, até as rodas do esportivo são de fibra de carbono, material leve e extremamente resistente.
Quando novo, o Ford GT Carbon Series custava US$ 641 mil com todos os opcionais, o equivalente a aproximadamente R$ 3,27 milhões no câmbio de hoje, na conversão direta, sem incluir os custos de uma eventual importação. Não é raro um carro importado sair por mais do que o triplo no Brasil do que custa no seu país de origem e não é muito diferente com o GT.
"São os Ford GT de nova geração, produzidos a partir de 2018. Temos quatro ao todo no Brasil, sendo um Carbon Series, dois normais e um Heritage Edition, mais valorizado", explica Paíto Boldrin, proprietário da loja especializada em carros de luxo Paíto Motors.
Inspirado no clássico GT40, modelo de pista que triunfou em Le Mans e deixou a Ferrari comendo poeira, o Ford GT teve três gerações. Com design ainda mais ousado que a primeira, a segunda foi lançada em 2016 e durou até 2022.
Com carroceria, chassi e outras porções já feitas de fibra de carbono, a versão do supercarro cortou mais 18 kg de peso graças ao uso mais extenso do material ultra resistente e leve.
O composto é usado nas rodas, suspensão, carroceria - até nas faixas -, volante, painel, soleira das portas, entre outras partes. Com o mesmo objetivo, os parafusos das rodas e o sistema de escape são de titânio. Em busca da diminuição de peso, até a janela da tampa do motor é em policarbonato, uma receita clássica de dietas automotivas.
Seus 1.367 kg o colocam na faixa de peso dos hatches médios. A coisa fica ainda melhor com o motor V6 3.5 Ecoboost biturbo, o mesmo usado na Ford F-150 americana, mas com vastas alterações para gerar 651 cv e 76 kgfm - o ano-modelo 2020 recebeu 13 cv extras. Gerido por um câmbio automático de dupla embreagem e sete marchas da Getrag, o conjunto leva o supercarro de zero a 100 km/h em 3,1 segundos e alcança os 350 km/h.
Muito valorizado no exterior, o Ford GT Carbon Series tem aparecido em leilões, muitas vezes com exemplares pouquíssimos rodados, atingindo mais de US$ 1,3 milhão (cerca de R$ 6,6 milhões), mas com perspectiva de alçar voos maiores.
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