Como é o blindado de R$ 12 mi que anda na água e é usado nos resgates no RS
A grave situação no Rio Grande do Sul é o assunto do momento no Brasil, com esforços do poder publico e da população para o socorro de pessoas em situação de perigo devido às cheias que atingiram o estado e já causaram a morte de cem pessoas e deixaram mais de 120 desaparecidos.
Um dos veículos utilizados pelo Exército no auxílio aos desabrigados tem sido o blindado Guarani, fabricado pela Iveco no Brasil.
Como é o veículo
O modelo pode custar até R$ 12 milhões dependendo do nível do armamento e equipamentos, com um valor mínimo de R$ 5 milhões. O Exército Brasileiro adquiriu 1.580 unidades.
Sua produção ocorre com vidros e chapas de blindagem militar extremamente pesados, o que formam arquitetura que permite ao veículo - com tração 6x6 e 6x4 - navegar como anfíbio. Na água, dois motores elétricos e auxiliares trabalham para a movimentação das respectivas hélices.
Na preparação para um mergulho, o quebra-ondas do blindado é separado da carroceria, criando um paredão.
O veículo tem sete metros de comprimento e 2,7 metros de largura, pode transportar até 11 pessoas - que entram pela parte traseira - e pesa 19 toneladas. Ele pode chegar até 110 km/h com seu motor de 383 cv. Sua autonomia é de 600 km.
A pressão de injeção do motor - que tem vida útil de 8 mil horas - chega a 1.800 bar, o que dá respostas rápidas. Para uma comparação, a pressão de injeção de um carro a gasolina normal é de 3 bar.
Viaturas blindadas GUARANI, de fabricação nacional da nossa Base Industrial de Defesa, são empregadas por todo o RS para a busca e resgate de pessoas ilhadas.
-- Exército Brasileiro (@exercitooficial) May 7, 2024
Essas viaturas também auxiliam em ações para o restabelecimento dos serviços essenciais de energia e água.? pic.twitter.com/MouOOyGOuL
O Guarani tem sistema automático que detecta e elimina incêndio, além de tecnologia para dificultar sua localização por câmeras térmicas. Ele também é resistente a tiros de fuzil e explosões de granadas.
Espera-se que a plataforma do Guarani possa ser usada como base para o desenvolvimento de uma família de blindados em diferentes versões, com viaturas de reconhecimento, socorro, posto de comando, porta-morteiro e ambulância.
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