Para fugir de impostos, chineses correm para exportar carros para o Brasil
As montadoras chinesas estão correndo para enviar veículos elétricos para mercados como o brasileiro e o mexicano após os Estados Unidos terem anunciado uma taxação de 100% sobre os carros oriundos do país na última terça-feira. As empresas temem que a ação seja só a primeira.
O que aconteceu
De acordo com o site Nikkei Asia, marcas chinesas de carros elétricos estão em acelerado processo de exportação de seus veículos no momento temendo uma escalada de impostos mundo afora após a taxação anunciada pelos EUA nesta semana.
Agora, os alvos da indústria automotiva chinesa passam a ser Brasil e México. Segundo o site, um "transporte urgente" de elétricos iniciou em março e deve ir até junho.
Uma fonte da reportagem disse que o transporte de contêineres para a rota China-Brasil aumentou entre quatro e seis vezes desde o fim de março.
O Brasil já retomou a taxação de elétricos, que havia sido retirada em 2015. O imposto atualmente é de 10%. Em julho ele sobe para 18% e para 35% em julho de 2026.
A BYD exportou no primeiro trimestre de 2024 cerca de 97 mil veículos, com 15.700 deles (16%) sendo para o Brasil. A marca também está construindo uma fábrica no país para explorar o mercado de elétricos em expansão.
Já o México encontra-se sob pressão dos EUA para também adotar uma postura dura contra os chineses. O presidente Joe Biden disse que considera aplicar punições se marcas chinesas de veículos elétricos tentarem transferir sua produção para o México para evitar os novos impostos norte-americanos.
O México ainda não aumentou taxas sob os veículos elétricos chineses, porém já não oferece incentivos de custo para as montadoras.
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