Menor que Renegade e híbrido: como será o novo Jeep mais barato do Brasil

Embora já não venda tanto quanto antigamente, o Renegade, primeiro SUV compacto da Jeep, ainda tem boa presença no mercado brasileiro e já foi o utilitário esportivo mais emplacado do país.

.Se lançar um SUV menor foi uma jogada de sucesso da Jeep, a estratégia vai atingir outro nível com o Avenger.

Consideravelmente menor do que o Renegade, a novidade será lançada no Brasil em 2026. Segundo o colunista do UOL Carros Marlos Ney Vidal, o Avenger já tem fábrica definida: será a de Porto Real (RJ), que vai receber de 2025 a 2030 investimento de R$ 3 bilhões da Stellantis, controladora de Jeep, Fiat, Chrysler, Peugeot, Citroën, Ram e outras marcas.

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A escolha da fábrica de Porto Real não acontece por acaso: o Avenger será produzido sobre a mesma plataforma modular CMP (Common Modular Platform), utilizada nos Citroën C3 e Aircross - justamente os veículos atualmente produzidos na unidade fluminense. O mesmo vale para o Citroën Basalt, que será lançado em breve, igualmente com fabricação na unidade do Rio de Janeiro.

A arquitetura CMP também será adaptada à fábrica de Betim (MG), base da Fiat, a principal marca da Stellantis. Em Minas Gerais, também serão fabricados carros com essa plataforma, em especial a nova geração do Argo. Vale lembrar que os Peugeot 208 e 2008 são manufaturados sobre essa base, só que na Argentina.

Em Goiana, Pernambuco, onde fica outra fábrica do grupo, o Renegade e seus companheiros de produção (Compass, Commander e Toro) são feitos sobre a base Small Wide, voltada para modelos maiores. A linha de produção pernambucana pode ser adaptada ao novo formato, no entanto, isso deve ficar para o lançamento das novas gerações desses modelos.

Preço abaixo do Renegade

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Considerando o porte menor e os acabamentos mais simples, podemos dizer que o Avenger será o Jeep mais barato do Brasil, posicionado abaixo do Renegade, que hoje parte de R$ 118.290 e vai até R$ 187.990.

Além disso, há um fator que deve ajudar a baratear um pouco o futuro novo Jeep. Ao contrário do seu parente mais velho, que vem sempre equipado com motor 1.3 turbo flex, o Avenger terá propulsor 1.0 turbo, o que garante uma taxação menor.

Na Europa, há o 1.2 turbo de 100 cv - todavia, o propulsor deu lugar ao 1.0 turbo em outros carros do grupo, tais como o Peugeot 208 e 2008. Não será diferente no mercado brasileiro.

Como é o Jeep Avenger

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Segundo Marlos Ney Vidal, o Avenger virá apenas com motor 1.0 turbo e conjunto híbrido Bio-Hybrid, uma exigência quase inescapável para novos carros produzidos no Brasil.

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É um movimento estimulado pelo programa governamental Mover, que busca privilegiar fabricantes que invistam em descarbonização. Na Europa, o Avenger também tem versão elétrica e híbrida, algo considerado essencial nos novos tempos.

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De acordo com Vidal, o Avenger Bio-Hybrid, terá o motor 1.0 Turbo Flex T220 combinado com um propulsor elétrico com potência variando entre 20 a 40 kW, e uma bateria de 1 kW a 2 kW. Este conjunto será conectado a uma transmissão CVT. Será um híbrido convencional, sendo a opção plug-in reservada apenas para modelos superiores.

Nos bastidores da Stellantis, o Avenger é chamado de Projeto 516 ou JJ (Jeep Junior).

A produção no Rio será no fim do primeiro semestre de 2026, o lançamento deverá ocorrer no início do segundo semestre do mesmo ano, informa o colunista.

E o Renegade?

Como o Avenger foi lançado no início do ano passado na Europa, o modelo brasileiro pode ter mudanças.

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A respectiva base poderia ser um pouco espichada, por exemplo, o que daria à Jeep a possibilidade de substituir o Renegade em nosso mercado.

Lembrando que, em 2026, o Reneade vai comemorar nove anos de mercado, ou seja, bem mais do que o ciclo de vida normal da maioria dos carros. Um facelift deve diferenciar um pouquinho o estilo, mas nem seria necessário alterar muito o já bonito design.

Por enquanto, nada confirmado, dado que o Renegade ainda receberá novas versões na linha 2025.

Visual do Avenger

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O Avenger tem linhas que passam a mesma sensação de robustez tão querida em outros SUVs da Jeep.

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Para isso, tem para-lamas ressaltados e capô elevado. Na frente, os faróis são mais retangulares e ostentam luzes de rodagem diurna na parte superior do conjunto.

A grade dividida em sete barrinhas é a clássica dos carros da marca. O teto bitom exibe a mesma sensação flutuante observada no Compass. Atrás, as lanternas ficam incrustadas na carroceria.

Quanto ao tamanho, a novidade tem 4,08 metros de comprimento (18 cm a menos que o Renegade), 2,55 m de entre-eixos (2 cm a menos) e 380 litros de capacidade no porta-malas (contra 320 l do companheiro de marca).

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No interior, as linhas são mais atuais e ousadas do que as do Renegade, embora o acabamento não seja tão macio quanto o do modelo mais antigo.

Seja como for, tudo dependerá do posicionamento do mercado. Há a possibilidade de ambos conviverem por um tempo no mercado. Seja como for, a fabricação nacional do Avenger será uma bela jogada da Jeep.

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