Placa preta é para poucos: o que carro precisa ter para ganhar a honraria?
Desde 2022, a placa preta que segue o padrão do Mercosul, mais moderno, com uma faixa azul acima dos números e um QR-Code de autenticidade, está em vigor.
Ela vale para carros com 30 anos ou mais de fabricação, para modelos originais ou modificados, que sejam considerados de valor histórico.
O que ela significa?
É uma espécie de "troféu" dado aos carros que sustentaram ao menos 80% de originalidade e conservação por 30 anos — ou seja, tem que ter sido fabricado de 1992 para trás.
A placa preta é a consagração de uma jornada por vezes ingrata, mas quase sempre gratificante para aqueles que tenta manter a dignidade de um carro antigo.
Na prática, porém, há poucos benefícios. De fato, os veículos com a placa preta são isentos de inspeção veicular, mas ninguém busca esse reconhecimento apenas para não precisar fazê-la.
Como obtê-la?
A primeira coisa é se filiar a um clube de autos antigos que seja credenciado pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito). O procedimento inclui o pagamento de uma taxa e a agendamento de uma inspeção.
Um especialista do auto-clube avaliará no seu carro: mecânica, elétrica, visual externo e interior. A cada item mal conservado ou não original, pontos são cortados.
O modelo que se propõe a ser original deve preservar motor, suspensão, equipamentos, tecnologia da época, carroceria e ruídos. Modelos modificados são avaliados de outra maneira, mas precisam ter 80% de peças originais.
Se baixar de 80 pontos, tente outra vez. Se o veículo for aprovado, um certificado de originalidade será emitido —o Certificado de Veículo de Coleção (CVCOL), que dura 5 anos.
Com ele, siga até o Detran do seu Estado para atualizar o documento da categoria "Passageiro" (PAS/Automóvel) para "Coleção" (COL/Automóvel).
É preciso pagar a taxa de registro do novo CRV (o valor varia se o licenciamento do ano já tiver sido feito) e a taxa de lacração da placa preta.
Tudo é feito na rede bancária por meio do número do Renavam. Também é preciso quitar débitos existentes de multas, IPVA ou DPVAT (seguro obrigatório), claro.
Após a certificação, a pessoa responsável pelo carro não pode fazer modificações sem autorização do Detran.
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