Como é a picape anti-Toro que VW fará com investimento bilionário no Brasil

A Volkswagen anunciou o investimento de R$ 3 bilhões na fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross. Além revelar que o Virtus terá produção complementar lá, o fabricante confirmou que a planta seria a responsável pela fabricação da sua nova picape média-pequena - chamada, por enquanto, de Tarok. O UOL Carros mostra abaixo o que já sabemos sobre a caminhonete prevista para 2026 e que chegará ao mercado para encarar rivais como Fiat Toro, Chevrolet Montana e Renault Oroch.

Em relação ao modelo apresentado há quase cinco anos, no Salão do Automóvel de 2018, a base mudou. Se antes era baseada na plataforma MQB A1, a mesma do antigo VW Golf, agora, depois de tanto tempo, a arquitetura a ser utilizada é a do Polo, Virtus e T-Cross, em versão aperfeiçoada.

Tudo faz sentido, uma vez que a linha de produção da fábrica paranaense é focada em variantes maiores da MQB A0. Tanto o Virtus quanto o T-Cross são maiores em entre-eixos do que o Polo, logo, a picape estará em casa.

Não é por acaso que ela é testada sob a forma de um Virtus, sedã que tem 4,51 metros de comprimento e 2,65 m de entre-eixos. O carro entrega que é uma mula (automóvel que é usado na fase inicial de testes) pelo entre-eixos bem alongado.

A base permite modelos de variados tamanhos, incluindo até o grande Atlas e suas variantes, um SUV cujo comprimento médio é de 5 metros e o entre-eixos alcança 2,98 m. Ou seja, bem próximo dos 4,95 m e 2,99 m da Toro.

Mas não será bem assim. As medidas serão diferentes daquelas apresentadas pelo protótipo do salão. A Tarok revelada naquela ocasião marcava 4,91 m de um para-choque ao outro e 2,99 m de entre-eixos.

Quando falamos de base, não é uma referência que se resume ao assoalho. A arquitetura também inclui outras partes da estrutura, em especial a base da coluna A, que será semelhante aos dos compactos nacionais da VW.

Portanto, a Tarok (nome ainda usado internamente para denominar o projeto) parece ter distância entre-eixos mais próxima das rivais Montana e Oroch. A picape da Chevrolet marca nas mesmas medidas 4,71 m e 2,80 m, enquanto a Renault tem 4,72 e 2,82 m. Apostamos que o entre-eixos do futuro lançamento será algo em torno de 2,85 m, garantido espaço superior.

Já a caçamba deve tocar ou até passar dos 900 litros de volume, pouco acima das competidoras. A Montana tem 874 l e a Oroch marca 683 l, a menor capacidade. Na outra ponta, a Toro é maior e chega a 937 l.

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Quanto aos motores, o 1.0 TSI não fica muito afastado do 1.2 turbo da Montana em termos de potência e torque. São 128/116 cv e 20,4 kgfm, contra 133/132 cv e 21,4/19,4 kgfm da competidora. Só que, mesmo com sistema híbrido leve, ainda é pouco para uma picape média pequena.

O mais provável é que ela venha sempre com o novo 1.5 turbo Evo2, uma unidade que já pode ser associada ao sistema híbrido paralelo (como o de Corolla e Corolla Cross). O quatro cilindros deve render algo próximo dos 150 cv e 25,5 kgfm do 1.4 TSI atual. Podemos esperar por um consumo bem mais favorável do que suas companheiras.

Equipadas com motores 1.3 turbo, a dupla Oroch e Toro despontam como as mais potentes. A Fiat esbanja 185/180 cv e 27,5 kgfm. Por sua vez, a Renault dispõe de 170/163 cv e os mesmos 27,5 kgfm.

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